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    São Paulo tem maior média diária de internações pela Covid-19 desde setembro

    A média diária de internações subiu 10,8% em menos de duas semanas, passando de 1.364, na penúltima semana de dezembro, para 1.476

    Enfermeira trata de paciente com Covid-19 em hospital de campanha em Santo André, São Paulo
    Enfermeira trata de paciente com Covid-19 em hospital de campanha em Santo André, São Paulo Foto: Amanda Perobelli/Reuters (1º.jan.2021)

    Priscila Mengue, do Estadão Conteúdo

    Assim como casos e óbitos, São Paulo também tem registrado aumento na demanda por leitos hospitalares diante do avanço da covid-19. A média diária de internações subiu 10,8% em menos de duas semanas, passando de 1.364, na penúltima semana de dezembro, para 1.476 na atual semana epidemiológica (que se encerra no sábado, 9).

    Trata-se do número mais alto registrado desde o início de setembro. Com aglomerações e sem começar a vacinação, o Brasil ultrapassou a marca de 200 mil óbitos esta semana.

    Em coletiva nesta sexta-feira (8) o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, destacou que o número é preocupante por mostrar um aumento real, pois a média de internações não depende de resultados de testes, que podem sofrer atrasos. “Lembrando que esse é um dado atual, e, com isso, não é algo que eventualmente tivesse ficado represado”, explicou.

    No caso exclusivo de leitos de UTI, as regiões com a situação mais grave são as de Marília (com 75,8%), de Presidente Prudente (com 74,5%) e de Sorocaba (com 74,1%). A média estadual é de 63,3%, um pouco abaixo da registrada na Grande São Paulo, que é de 65,5%. O estado tem uma média de 17,8 leitos para Covid-19 a cada 100 mil habitantes.

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    Já dados da Prefeitura de São Paulo apontam taxa de ocupação de UTI de 61% em hospitais municipais e de 91% em hospitais contratualizados (leitos contratados em instituições privadas), totalizando 612 internados em UTI. O total de internações por covid-19 na rede municipal da capital é de 1.140, incluindo enfermaria.

    A demanda também se repete na rede privada. No Hospital Sírio-Libanês, havia 153 casos de covid-19, sendo 44 de pacientes na UTI, na quinta-feira (7). Na segunda-feira (4) esse balanço era de 137 pacientes, dos quais 46 em unidade de terapia intensiva.

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    Já no Beneficiência Portuguesa, por exemplo, há uma ocupação de 74% nos leitos de UTI para pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19 (37 pacientes). Outros 69 casos relacionados à doença estão em enfermaria na instituição, que tem um total de 938 leitos, dos quais cerca de 110 são para Covid-19.

    “A instituição mantém estreita vigilância sobre a evolução epidemiológica dessa doença, acompanhando diariamente os indicadores de ocupação e, quando necessário, promove ajustes no número de leitos direcionados para os casos de Covid-19”, explica em nota.

    De acordo com médicos ouvidos pelo Estadão esta semana, houve aumento de “surtos familiares”, quando dois ou mais da mesma família se infectam, o que pode ser reflexo de encontros de Natal. Profissionais de saúde acreditam que nas próximas semanas deve haver uma elevação significativa de pacientes, como consequência das aglomerações e viagens do réveillon.