Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Dono de empresa de coletes alvo da PF foi preso nos EUA por assassinato de presidente haitiano

    Venezuelano Antonio Intriago é representante da empresa CTU Security, alvo de investigação da PF por venda de coletes durante intervenção no Rio

    Elijonas Maiada CNN

    O dono da empresa CTU Security, alvo da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (12) por um contrato de R$ 40 milhões com o gabinete de intervenção federal no Rio de Janeiro, foi preso nos Estados Unidos em fevereiro deste ano pelo homicídio do presidente do Haiti Jovenel Moïse em 2021.

    O Departamento de Justiça americano divulgou oficialmente o nome do venezuelano Antonio Intriago como um dos assassinos e o denunciou pelo crime.

    A promotoria americana informou em coletiva de imprensa, à época, que os detidos são acusados de conspiração para matar e sequestrar o político, crime pelo qual podem pegar prisão perpétua.

    Segundo o Departamento, Intriago e outro colega gerenciavam duas empresas de segurança em Miami, conhecidas como CTU, envolvidas no plano para derrubar o presidente haitiano Moïse.

    A denúncia mostra também que outro colega se juntou ao complô como financiador por meio de sua empresa Worldwide Capital Lending Group, sediada no sul da Flórida, onde Moïse foi morto a tiros.

    Um quarto denunciado é acusado de ajudar a financiar o golpe e colaborar para enviar coletes à prova de balas da CTU para o Haiti sem cumprir com as normas americanas de exportação.

    Esses coletes balísticos que são alvo de investigação da Polícia Federal brasileira e ligam Antonio Intriago também ao Brasil. Em 2018, o gabinete de intervenção federal no Rio de Janeiro contratou a empresa dele, CTU Security, para confecção de 9.360 coletes balísticos pelo valor de R$ 40 milhões.

    Documentos obtidos pela CNN mostram que uma viagem foi feita por integrantes do gabinete à sede da empresa para retirada de amostras do colete, mas não conseguiram pela falta do produto.

    Em uma troca de e-mails, o CEO Intriago explicou ao gabinete que o “retardamento” nas amostras dos coletes foi devido ao atraso na abertura do crédito documentário em favor da empresa, bem como o “desapropriamento do estoque destinado à confecção dos coletes”.

    O gabinete então abriu processo contra a empresa e dois meses depois, por suspeita de irregularidades, como falsificação de documentos, o contrato foi suspenso e o valor não foi pago à empresa norte-americana.

    A CNN tenta contato com a defesa de Antonio Intriago.

    Veja mais: Ex-ministro de Bolsonaro, Braga Netto tem sigilo telefônico quebrado pela PF

    Tópicos