Após cinco anos, Lava Jato chega ao fim no Rio de Janeiro
Operação realizou mais de 300 prisões e recuperou quase R$ 4 bi
A Força Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro chegou ao fim nesta quarta-feira (31). Após quase cinco anos de trabalho, a operação passa agora a incorporar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), instituído no Ministério Público fluminense (MP-RJ).
A institucionalização da força-tarefa já havia sido anunciada em dezembro pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Com isso, as unidades no Rio e no Paraná foram descontinuadas. Atualmente, a equipe de trabalho possui 55 operações abertas e 894 pessoas denunciadas.
A Lava Jato no Rio, entretanto, encerrou as atividades com um saldo de 806 buscas e apreensões, 70 prisões temporárias e 264 prisões preventivas, 105 denúncias e 894 denunciados. No total, a força tarefa conseguiu recuperar R$ 3,8 bilhões provenientes de acordos de colaboração premiada.
Comandada pelo procurador Eduardo El Hage, a equipe de trabalho no estado do Rio também ficou conhecida pelo combate à corrupção e pela investigação de nomes importantes da política brasileira. Entre eles, a organização criminosa chefiada pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, preso há pouco mais de quatro anos.
O ex-presidente Michel Temer foi outro denunciado pelo braço fluminense da Lava Jato. Além de políticos, a operação também mirou empresários como Eike Batista e o ‘doleiro dos doleiros’ Dario Messer.