Lava Jato do RJ prevê oferta de quase R$ 1 bilhão para compra de vacinas
Força-tarefa ainda conta com a venda de imóveis que foram declarados em outros acordos.
A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro espera receber, nas próximas semanas, mais R$ 400 milhões de acordos de colaboração firmados com delatores da operação. A ideia dos procuradores é somar essa quantia aos R$ 552 milhões já oferecidos para a compra de vacinas contra a Covid-19.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (28), o Ministério Público Federal informou que há “expectativa de que esses valores aumentem substancialmente nas próximas semanas, em virtude do cumprimento de outras obrigações decorrentes de acordos de colaboração premiada e de leniência já celebrados.”
A CNN apurou que o MPF prevê, por exemplo, a disponibilidade de R$ 150 milhões repatriados de três clientes do “doleiro dos doleiros”, Dario Messer. A força-tarefa ainda conta com a venda de imóveis que foram declarados em outros acordos.
A CNN também apurou a origem de parte dos R$ 552 milhões já custodiados pela operação. Cerca de R$ 110 milhões estavam em contas do doleiro Dario Messer no Brasil e no exterior. Outros R$ 70 milhões vieram do acordo de colaboração do banqueiro Eduardo Plass.
Dono do TAG Bank/Panamá, Plass foi autor da delação que levou o empresário Eike Batista à prisão pela segunda vez, em agosto de 2019.
Já cerca de R$ 20 milhões chegaram às mãos do MPF através da colaboração dos irmãos Roberto Stern e Ronaldo Stern, respectivamente presidente e vice-presidente da H Stern, uma das maiores joalherias do Brasil.
Também estão no cálculo valores apreendidos de empresários e empresas que integravam o esquema de corrupção na secretaria da Saúde durante a gestão do ex-governador Sergio Cabral.