Nova variante pode ter circulado nos EUA antes de identificação no Reino Unido
Biólogo aponta ter evidências de que cepa foi levada aos EUA pelo menos cinco vezes diferentes
Uma pesquisa aponta que a nova variante do coronavírus detectada pela primeira vez na Reino Unido foi importada para os EUA várias vezes e, aparentemente, já estava circulando no país antes mesmo de ser identificada na ilha britânica.
O biólogo Michael Worobey, da Universidade do Arizona, disse que encontrou evidências de que a variante, também conhecida como B117, foi importada pelo menos cinco vezes diferentes para os EUA.
“É impressionante que esta linhagem já tenha sido estabelecida nos EUA por cerca de 5-6 semanas antes que B117 fosse identificado pela primeira vez como uma variante de preocupação no Reino Unido em meados de dezembro “, escreveu ele em um post em um site dedicado ao compartilhamento de informações genéticas sobre o vírus.
“E pode ter circulado nos Estados Unidos por quase dois meses antes de ser detectado pela primeira vez, em 29 de dezembro de 2020”, complementou.
Worobey também encontrou evidências de que a variante B117 circulou na Califórnia sem parecer impulsionar mais transmissão — embora os cientistas concordem que a cepa é mais facilmente transmitida e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA tenha alertado que era provavél que ela tenha “aumentado a trajetória do vírus” no país.
“Também vale a pena notar que a grande maioria (mais de 90%) dos casos de B117 nos Estados Unidos parecem ser gerados nesses surtos domésticos bem estabelecidos, em vez de apresentações relacionadas a viagens do Reino Unido ou de outros países afetados, embora tais casos certamente também estão acontecendo ”.
O CDC diz ter recebido relatórios de mais de 120 casos da nova variante em 20 estados dos EUA e diz ser quase certo que ela é muito mais comum do que isso.
Texto traduzido. Clique aqui para ler o original, em inglês.