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    Sputnik V deve chegar em julho ao Brasil; estados descartam ida ao STF

    Governadores se reuniram neste sábado (5) para definir próximos passos para importação do imunizante após aval da Anvisa

    Leandro Resendeda CNN

    As primeiras doses da vacina Sputnik V contra a Covid-19 estão previstas para chegar ao Brasil no mês que vem, de acordo com o governador do Maranhão, Flávio Dino, após uma renegociação do contrato assinado entre os estados do Nordeste e o Fundo Russo de Investimento Direto, responsável pelo desenvolvimento da vacina.

    No momento, governadores descartam ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar aumentar a quantidade a ser importada. A decisão, segundo Dino, foi tomada neste sábado (5), durante reunião dos governadores das regiões Nordeste e Norte, marcada após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a importação, sob condições controladas, de 928 mil doses do imunizante.

    “O primeiro passo é sentar para uma reunião com os russos para fazer uma revisão do contrato. A Anvisa colocou condições que não estavam previstas no acordo, então precisamos adequar”, afirmou à CNN o governador do Maranhão, Flávio Dino.

    O Consórcio de Estados do Nordeste assinou, em março, contrato por 37 milhões de doses da Sputnik V. “O contrato precisa ser readequado ao quantitativo que a Anvisa estabeleceu. E neste momento, não iremos ao STF para aumentar o número de doses autorizado”, garantiu.

    A Anvisa decidiu nesta sexta-feira (4) liberar a importação da Sputnik V e da Covaxin, vacina indiana contra covid-19, mas colocou 22 condições para liberação. Além da quantidade limitada autorizada a chegar no Brasil, a agência estabeleceu grupos de pessoas que não podem receber o imunizante,  determinou que as doses que chegarem ao país passem por análise do Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS) e demandou que estados e Ministério da Saúde esclareçam a eficácia e segurança.

    Para o governador do Maranhão, que é presidente do Consórcio Amazônia Legal, não é o momento de os estados irem ao STF para tentar aumentar a quantidade de imunizantes que poderão chegar ao Brasil. “O primeiro pedido foi rejeitado, e agora aprovado sob algumas condições, então a Anvisa recuou. A decisão que tomamos hoje foi de cumprir cada uma das exigências da agência e não judicializar o assunto por enquanto”, afirmou Flávio Dino.

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