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    ‘Flertamos com janeiro bastante sombrio’, diz médico brasileiro sobre Covid-19

    Das 31 vagas de UTI’s Covid do IGESP, 29 estão ocupadas e a taxa de ocupação das UTI’s do Sírio-Libanês está em 95%

    Da CNN, em São Paulo

     

    O Brasil vive uma nova alta de casos da Covid-19. O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, no sábado (19), registrou mais 50 mil casos e 706 mortes por Covid-19, considerando um período de 24 horas. Além disso, o Ministério da Saúde já confirmou dois casos de reinfecção e investiga outros 500.

    Médicos e pesquisadores estão receosos de que as altas temperaturas dos meses de verão, e as festas de natal e ano novo, possam contribuir para que janeiro registre um número ainda maior de infectados.

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    O cardiologista e coordenador das Unidades de Terapia Intensiva e Clínica Médica do Hospital IGESP, Dante Senra e o infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, João Prates foram entrevistados na CNN, neste domingo (20), sobre a alta de casos de internação por Covid-19.

    Senra acredita que tanto os médicos quanto os governantes passaram um recado distorcido para a população quando disseram que a taxa de contágio estava diminuindo e que os hospitais de campanha não eram mais necessários. “Era sabido e esperado uma segunda onda ou uma reativação da primeira onda, como você quiser chamar, visto que nós não tivemos um decréscimo importante para dizer que a primeira onda acabou”. 

    Sobre a lotação dos hospitais, Dante Senra comenta que das 31 vagas de UTI’s Covid do IGESP, 29 estão ocupadas e que a taxa de ocupação das UTI’s do Sírio-Libanês está em 95%. “A gente flerta, ainda pior do que isso, com um janeiro bastante sombrio”.

    Médicos analisam alta de casos e internações por Covid-19

    O infectologista João Prates e o cardiologista Dante Senra analisam a alta de casos e internações por Covid-19 no Brasil (20 dez. 2020)

    Foto: Reprodução / CNN

    O infectologista João Prates afirmou que os profissionais da saúde, apesar de esgotados e com sobrecarga de trabalho, continuam se empenhando. 

    “É legal ver que tem uma luz no fim do túnel, uma vacina chegando, que tem algumas perspectivas boas, mas não está tão perto. As coisas ainda vão demorar a voltar perto de normalizar. Então calma. Me perguntam se ainda vamos ficar muito tempo de máscara e nós vamos. Vamos ficar muito tempo com distanciamento? Vamos. Vamos ficar muitos meses com distanciamento”, afirma. 

    Prates ressalta que as pesquisas de novas terapias intensivas para tratamento da Covid-19 vão continuar sendo investigadas pela ciência e que ainda há a preocupação com vírus diferentes e mais infectantes, como constatou o Reino Unido.

    “A gente tem recomendações para as festas de fim de ano baseadas em ciência. Temos recomendações para um monte de coisas. Mas no fim das contas, o que funciona e é simples é a questão do distanciamento, higienização das mãos e o uso das máscaras”,  conclui o infectologista.