Hospitais improvisam leitos para atender pacientes com Covid-19 em São Paulo
O estado vive o pico de internações na rede de saúde, e tanto hospitais públicos quanto particulares viram a demanda por atendimento disparar no último mês
O pronto-socorro foi transformado em consultório médico, laboratório virou leito de UTI, enfermarias foram ampliadas, e nada parece ser suficiente. Hospitais de São Paulo estão improvisando espaço para poder atender pacientes com Covid-19, que não param de chegar.
São Paulo vive o pico de internações na rede de saúde. Tanto hospitais públicos quanto particulares viram a demanda por atendimento disparar no último mês.
No sistema público, o estado registrou um aumento de quase 108% no número de pessoas internadas entre fevereiro e março — crescimento próximo ao registrado na rede particular, que foi de 99% em março. Oito em cada dez hospitais privados estão com taxas de ocupação de uti entre 91 e 100%.
Um levantamento da CNN junto às secretarias de Saúde mostra que 23 estados e o Distrito Federal têm taxas de ocupação de UTI acima de 80%. Em São Paulo, esse percentual ultrapassa 90%. A situação é mais grave ainda no Mato Grosso.
Para atender a alta demanda, os hospitais tiveram que se adaptar. O Hospital Igesp, em São Paulo, por exemplo, aumentou o número de leitos em 15%, destinou um andar inteiro para ampliação da unidade semi-intensiva e mesmo com as mudanças, tem uma taxa de ocupação de 97%. O Hcor ampliou e adaptou toda a estrutura hospitalar.
Além do espaço físico, a preocupação nos hospitais é com mão de obra, já que não há profissionais da saúde suficientes para a pandemia.