Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Líder de partido de Alckmin critica reforma ministerial de Lula e diz à CNN que todo governo precisa de oposição

    Presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira disse que demissão de Márcio França do Ministério de Portos e Aeroportos foi feita sem conversa prévia com o partido

    Fernanda Pinottida CNN , em São Paulo

    O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, criticou a reforma ministerial promovida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse, em entrevista à CNN, que a mudança de lado dos políticos da oposição “deforma cada vez mais nossa democracia”.

    “Numa democracia minimamente estruturada, quem escolhe estar do lado do governo ou da oposição é o eleitor, não o político”, disse Siqueira, que preside a sigla da qual faz parte o vice-presidente Geraldo Alckmin.

    “Alguns deputados desses partidos já apoiam o governo desde o primeiro dia. Porque não apoiam apenas esse governo, apoiam todos.”

    Siqueira explicou que em outros países da América Latina seria impensável que um político da oposição fizesse parte do governo e criticou os políticos que não se mantém fiéis à sua base eleitoral.

    “Todo governo precisa ter uma oposição. Trazer todo mundo para o mesmo âmbito, que todo mundo só sabe ser governista, é muito ruim para a democracia. Tem que partir da sociedade um movimento de não aceitar essa prática”, falou o presidente da sigla.

    Siqueira também pontuou como os políticos de seu próprio partido foram desfavorecidos – em especial Márcio França, que deixa o Ministério de Portos e Aeroportos para que o deputado Silvio Costa Filho, do Republicanos, assuma a pasta.

    Segundo ele, a especulação de que Márcio França ou Geraldo Alckmin tivessem que abdicar de seus cargos à frente de ministérios perdurou sem que o governo federal conversasse diretamente com eles ou com o partido.

    “O PSB entrou no governo por convicção política, não para ganhar cargos”, disse.

    Tópicos