Posse de novos ministros amplia e estabiliza base do governo no Congresso, diz Paulo Pimenta à CNN
Ministro da Secretaria de Comunicação Social avaliou a reforma ministerial como "muito positiva" e disse que o governo federal não possui nenhuma pendência com as regiões afetadas pelo ciclone no Rio Grande do Sul
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, avaliou a reforma ministerial como “muito positiva” e disse à CNN que a posse dos novos ministros de Estado deve ser oficializada com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Brasil.
“Essa função política é muito positiva, pois amplia e estabiliza a base do governo no Congresso e sinaliza a força e coesão política na base do governo”, disse Pimenta sobre a mudança.
Para ele, esse fortalecimento na base parlamentar aliada ao governo cria um ambiente de negócios mais favorável no país. “Atrai investimentos e faz com que os juros caiam, pois mostra que as medidas econômicas implementadas pelo governo tem base”, falou.
Desastres no Rio Grande do Sul
Paulo Pimenta também disse que o governo federal não possui pendências com o estado ou os municípios do Rio Grande do Sul – que já contabiliza 47 mortos na região após as fortes chuvas causadas pela passagem de um ciclone extratropical.
No domingo (10), o governo federal anunciou R$ 741 milhões em recursos para as regiões afetadas.
Segundo Pimenta, o presidente Lula determinou que todos os ministros fiquem de prontidão para auxiliar na recuperação da área e está coordenando os esforços de salvamento, desobstrução e recuperação econômica.
O ministro também ressaltou que, se for necessário, Lula visitará pessoalmente o estado quando voltar ao Brasil.
Ele afirmou que a Polícia Federal (PF) e a Advocacia-Geral da União (AGU) foram acionadas por conta da disseminação de fake news sobre os desastres. O ministro citou uma das notícias falsas que afirmava que Lula impediu a entrega de donativos ao RS antes que ele visitasse o estado presencialmente e fosse fotografado no local.
“Isso viralizou, causando revolta e ressentimento. E é uma mentira. Tivemos que acionar a PF porque pessoas conhecidas propagaram essas fake news”, falou. “Não podemos permitir que pessoas sem escrúpulos se utilizem de uma tragédia. Isso é uma ação criminosa.”
Presidência do G20 e prisão de Putin
O ministro da Secom afirmou que “não existe nenhuma discussão no sentido de [o Brasil] deixar de ser signatário do Tribunal Penal Internacional (TPI)“.
A declaração vem após uma fala de Lula, que afirmou que “se Putin decidir ir ao Brasil, quem toma a decisão de prendê-lo ou não é a Justiça, não o governo nem o Congresso Nacional”. O Brasil sediará a próxima Cúpula do G20 – grupo do qual a Rússia faz parte – em 2024.
Por ser signatário do TPI, o Brasil teria a obrigação de cumprir o mandado de prisão contra o presidente russo expedido pelo órgão por crimes de guerra.
Para Paulo Pimenta, “a pauta do G20 é outra”. “Se a Rússia e o Putin podem participar ou não, são questões absolutamente secundárias diante da importância do Brasil assumir a responsabilidade da Presidência do G20, da agenda que temos a frente, das oportunidades que se abrem para o nosso país em termos de investimento e emprego”, falou.