Vacina contra Covid-19 da Pfizer tem efeitos colaterais leves e moderados
Empresa disse em uma apresentação para investidores que os efeitos colaterais incluem fadiga, dor de cabeça, calafrios e dores musculares
A Pfizer informou nesta terça-feira (15) que os participantes de um estudo com sua vacina experimental contra o novo coronavírus apresentaram efeitos colaterais principalmente leves e moderados quando administrados com o possível imunizante ou com um placebo em um ensaio clínico de estágio final.
A empresa disse em uma apresentação para investidores que os efeitos colaterais incluem fadiga, dor de cabeça, calafrios e dores musculares. Alguns participantes do ensaio também desenvolveram febre — incluindo altas. Os dados são ocultos, o que significa que a Pfizer não sabe quais pacientes receberam a vacina ou o placebo.
Leia também:
Anvisa autoriza inclusão de mais 5 mil voluntários em testes de vacina da Oxford
Fiocruz avança em cronograma para receber vacinas e tecnologia de Oxford
Apneia do sono pode ser fator de risco para Covid-19, diz estudo
Kathrin Jansen, chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da Pfizer, enfatizou que o comitê independente de monitoramento de dados “tem acesso a dados não ocultos para que eles nos notifiquem se tiverem alguma preocupação com a segurança, e não o fizeram até o momento”.
A empresa inscreveu mais de 29.000 pessoas em seu ensaio clínico com até 44.000 voluntários para testar a vacina experimental contra a Covid-19 que está desenvolvendo com a parceira alemã BioNTech.
Mais de 12.000 participantes do estudo receberam uma segunda dose da vacina, disseram executivos da Pfizer em uma teleconferência com investidores.
Os comentários ocorreram depois que os testes de vacina contra a Covid-19 da rival AstraZeneca foram suspensos em todo o mundo em 6 de setembro, após um grave efeito colateral ter sido relatado em um voluntário no Reino Unido. Os testes da AstraZeneca foram retomados no Reino Unido e no Brasil na segunda-feira, depois do sinal verde dos reguladores britânicos e brasileiros, mas continuam paralisados nos Estados Unidos.
A Pfizer espera ter resultados sobre se a vacina funciona em outubro.