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    Em delação, Messer diz que conheceu Sérgio Cabral na cadeia

    Doleiro ficou preso no presídio de Bangu 8 de julho de 2019 a abril de 2020

    Paula Martini e Thayana Araújo, da CNN , no Rio de Janeiro

    No acordo de colaboração firmado com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o doleiro Dario Messer disse que não conhecia o ex-governador Sérgio Cabral até ser preso, no ano passado.

    Após passar mais de um ano foragido, Dario Messer foi preso pela Polícia Federal em julho de 2019, nos Jardins, área nobre de São Paulo, e transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

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    Foi lá, segundo o doleiro, que ele e Cabral se encontraram pela primeira vez. Messer ficou preso no presídio de Bangu 8 de julho de 2019 a abril de 2020. A unidade é a mesma onde o ex-governador cumpre pena.

    As investigações indicam que Sérgio Cabral era um dos principais clientes de Dario Messer. Fontes da Polícia Federal informaram à CNN no Rio de Janeiro que o contato entre os dois era intermediado pelos doleiros Cláudio Barboza – o “Tony” -, Vinícius Claret – “Juca Bala” – e os irmãos Renato e Marcelo Chebbar.

    Tony e Juca trabalhavam para Messer e chegaram a ser presos pela Operação Lava-jato. Já os irmãos Chebbar são apontados como operadores do esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral.

    Investigadores ouvidos pela CNN disseram que a delação não traz elementos substanciais sobre políticos. No entanto, pode jogar luz sobre esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo agentes públicos por citar doleiros que atuam nesse meio. A curto e médio prazos, os investigadores acreditam que a delação de Dario Messer ajude a desvelar de forma mais contundente esquemas envolvendo bancos e instituições financeiras.

    Em nota, o advogado Marcelo Del’ambert, que defende Sérgio Cabral e Juca Bala, informou que “as informações são convergentes ao que já foi esclarecido anteriormente às autoridades. No entanto, o Vinícius Claret também só conheceu o Sergio Cabral no cárcere em Benfica”.

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