Senadores da oposição pressionam por aprovação da CPI da Covid-19
Tasso Jereissati (PSDB-CE) usou grupo de WhatsApp para cobrar ação de parlamentares
Senadores independentes e de partidos da oposição aumentaram a pressão, no fim de semana, para que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instale a CPI da Covid-19. Os parlamentares criaram, inclusive, um grupo de WhatsApp para organizar a articulação. A ideia é levar o tema ao plenário do Senado a partir de terça-feira (2), quando está marcada a próxima sessão deliberativa.
![Tasso Jereissati Tasso Jereissati](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/06/7432_2B2D65728896FF5D.jpeg)
No sábado (27), o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), mandou mensagem aos colegas dizendo que a instalação da CPI “tornou-se inadiável”. No texto, o tucano citou a ida de Jair Bolsonaro ao Ceará na sexta-feira (26), quando o presidente da República causou aglomerações e discursou dizendo que “o povo não aguenta mais ficar em casa”. “Não podemos ficar omissos diante dessas irresponsabilidades que colocam em risco a vida de todos os brasileiros”, escreveu Tasso.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse à CNN que a cobrança será intensificada. “Pacheco pediu um prazo de 10 dias. Acaba essa semana. Vamos cobrar a leitura do requerimento”, afirmou.
O requerimento para instalação da CPI para apurar a atuação do governo federal na pandemia da Covid-19 foi apresentado no início de fevereiro com 30 assinaturas, pouco mais que as 27 mínimas necessárias.
Como presidente do Senado, cabe a Rodrigo Pacheco decidir pela abertura ou não da comissão parlamentar de inquérito.
Interlocutores do presidente do Senado disseram à CNN que, apesar da pressão, “sem chance” de abrir a CPI nesta semana. Segundo auxiliares de Pacheco, o foco nos próximos dias será votar a PEC Emergencial, que cria as bases para uma nova rodada do auxílio emergencial, e projetos sobre vacinas.
Procurado oficialmente, Pacheco não se pronunciou.