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    TRF decide que ex-advogado de Flávio Bolsonaro não deponha sobre vazamento 

    Victor Granado Alves, que é investigado no caso das “rachadinhas”, compareceu ao MPF em 27 de maio, mas ficou em silêncio, alegando sigilo profissional

    Senador Flávio Bolsonaro
    Senador Flávio Bolsonaro Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS 12/03/2019

    Leandro Resende e Paula Martini, da CNN no Rio

    O Tribunal Regional Federal da 2ª Região concedeu habeas corpus ao advogado Victor Granado Alves para que ele não preste novo depoimento em investigação do Ministério Público Federal (MPF) que apura vazamento de operação da Polícia Federal para beneficiar o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). A decisão é do desembargador Paulo Espírito Santo. 

    Flávio Bolsonaro prestará depoimento sobre o caso amanhã. Victor Granado Alves, que foi advogado do senador, compareceu ao MPF no dia 27 de maio, mas ficou em silêncio, alegando sigilo profissional. Alves também é investigado no caso das “rachadinhas”.

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    A denúncia sobre o suposto vazamento da operação a Flávio Bolsonaro e aliados foi feita pelo empresário Paulo Marinho, em entrevista concedida ao jornal “Folha de S.Paulo” em maio deste ano. Segundo ele, o senador teria se beneficiado de vazamento da operação Furna da Onça, que investigou um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj, onde Flávio Bolsonaro foi deputado estadual de 2003 a 2018.

    Flávio não era alvo da Furna da Onça, mas seu assessor, Fabrício Queiroz, aparecia em um documento anexado ao inquérito. Segundo Marinho, ao ser informado disso, Flávio exonerou Queiroz de seu gabinete. 

    Victor Granado Alves, de acordo com Paulo Marinho, foi uma das pessoas que compareceram à porta da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro para encontrar o delegado que teria antecipado a Furna da Onça.

    Após a entrevista, o Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal o desarquivamento do inquérito policial que apurava suspeitas de que informações privilegiadas foram vazadas. Na época, o caso foi arquivado após a própria Polícia Federal ter relatado falta de evidências sobre o crime.

    Segundo a decisão proferida ontem pelo desembargador Paulo Espírito Santo, “a recusa do paciente em prestar depoimento está legalmente respaldada, uma vez que as circunstâncias demonstram que havia (ou há) uma relação profissional baseada na confiança entre ele e o senador Flávio Bolsonaro e foi essa confiança, ao que tudo indica, que motivou a suposta ida do paciente à sede da Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro para encontrar o delegado que teria dado a informação privilegiada”.