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    Bolsonaro quer sinalização de Alcolumbre para definir timing de indicação ao STF

    Estratégia do Palácio do Planalto é esperar até “o último minuto” para que o nome anunciado pelo presidente não sofra um 'processo de fritura'

    O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP)
    O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP) Foto: CNN (29.set.2020)

    Cassius Zeilmann e Igor Gadelha, da CNN, em Brasília

    Ministros e auxiliares próximos ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmaram à CNN que a indicação do substituto do ministro Celso de Melo vai depender de uma sinalização do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). 

    Bolsonaro só pretende fazer a indicação oficial após ter uma posição clara de Alcolumbre de quando será a sabatina do indicado para a corte. A estratégia do Palácio do Planalto é esperar até “o último minuto” para que o nome anunciado pelo presidente não sofra um “processo de fritura” após a indicação. 

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    Alcolumbre se comprometeu com Bolsonaro em realizar a sabatina do substituto até o início de dezembro. Se o presidente do Senado pautar a sabatina antes das eleições municipais, que ocorrerão em novembro, o presidente da República divulga logo o nome do seu indicado. Caso fique para depois do pleito, Bolsonaro pretende esperar mais um pouco para anunciar seu escolhido.

    Em café da manhã com lideranças evangélicas nesta segunda-feira (28), o presidente da República afirmou que mantém o compromisso de indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF em seu primeiro mandato. Não deixou claro, porém, para qual vaga. 

    Ministros ligados ao presidente disseram à CNN que o candidato com o perfil “terrivelmente evangélico” só deve ser indicado para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentará em julho de 2021. Essa também é a expectativa da própria bancada evangélica. 

    Segundo auxiliares presidenciais ouvidos pela reportagem, para o lugar de Celso de Mello, que se aposenta em outubro, Bolsonaro deve priorizar um jurista “conservador”, não necessariamente evangélico, e com maior aceitação dentro do próprio STF. 

    Nesse cenário, nomes como o do ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, e de André Mendonça, da Justiça, perderiam força na bolsa de apostas. Ambos teriam mais chances para serem indicados para a cadeira de Marco Aurélio no ano que vem. O ministro Celso de Mello comunicou à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) que se aposenta no próximo dia 13 de outubro.