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    Lula dá autonomia a novo ministro para nomeações na Infraero e em companhias docas

    As estatais, vinculadas à pasta de Portos e Aeroportos que será assumida por Costa Filho, têm 27 cargos de diretoria - além de vagas em conselhos de administração e conselhos fiscais

    Daniel RittnerTainá Farfanda CNN , Brasília

    O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), anunciado como novo ministro de Portos e Aeroportos, ganhou carta branca do Palácio do Planalto para mexer no comando das companhias docas e da Infraero. As estatais, vinculadas à pasta que será assumida por Costa Filho, têm 27 cargos de diretoria — além de vagas em conselhos de administração e conselhos fiscais.

    Segundo relatos feitos à CNN, o novo ministro pretende avaliar com calma os atuais ocupantes dos cargos e não descarta manter nomes indicados por Márcio França (PSB), que está demissionário e ficará com uma pasta voltada às pequenas empresas e ao empreendedorismo.

    O Ministério de Portos e Aeroportos tem, em sua estrutura, a Infraero e seis companhias docas — APS (Santos), CDRJ (Rio de Janeiro), Codeba (Bahia), Codern (Rio Grande do Norte), CDC (Ceará) e CDP (Pará).

    A Autoridade Portuária de Santos, por exemplo, tem como presidente um advogado próximo de França — e ex-secretário municipal de Justiça em São Paulo — que atuou em suas campanhas eleitorais.

    O atual ministro também indicou ex-auxiliares seus em São Vicente (SP), município do qual foi prefeito, para os conselhos de aeroportos privatizados nos quais a Infraero ainda detém 49% de participação — como o Galeão (RJ) e Brasília (DF).

    De acordo com fontes do Republicanos, a cúpula do partido — que promete manter uma postura de independência do governo — não pretende apontar nomes para as estatais. As indicações deverão partir, afirmam essas fontes à CNN, diretamente de Costa Filho.

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