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    General Pazuello não irá fardado para depoimento na CPI da Pandemia

    Comandante do Exército disse à chefe da CPI que farda trataria 'exposição desnecessária' aos militares, relata senador à CNN

    O ministro da Saúde Eduardo Pazuello
    O ministro da Saúde Eduardo Pazuello Foto: Carolina Antunes/PR (6.ago.2020)

    Bárbara Baião, Thais Arbex e Kenzô Machida, da CNN, em Brasília

    Na véspera do depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello à CPI da Pandemia, o comandante do Exército, Paulo Sergio Nogueira, disse ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, Omar Aziz, do PSD, que o general não vai fardado à sessão desta quarta-feira (19).

    A informação foi confirmada à CNN pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). De acordo com o senador, a ligação do comandante a Aziz ocorreu depois que o próprio Randolfe alertou o presidente do colegiado sobre notícias sobre a possibilidade de Pazuello ir prestar depoimento fardado.

    “Disse a Omar que seria uma exposição desnecessária do Exército”, afirmou Randolfe. De acordo com o senador, logo depois do contato do presidente da CPI, o comandante do Exército retornou com a informação de que Pazuello vai como civil.

    O gesto foi bem recebido pelo grupo majoritário, que trabalha para evitar a associação entre a situação de Pazuello nas investigações e a relação institucional com as Forças Armadas.

    A CNN apurou que, dentro do Palácio do Planalto, a ideia chegou a ser debatida em meio às preparações para a sessão. Mas foi substituída pela estratégia de tentar transformar o general em uma figura mais “afável” diante dos senadores. Fontes próximas ao ex-ministro também disseram à CNN que ele irá com roupa de civil.

    Dentro dessa linha, Pazuello tem sido orientado a fazer uma fala inicial no depoimento se colocando à disposição para colaborar mesmo protegido por um habeas corpus que permite não responder perguntas que possam incriminá-lo.

    E sobre o recuo em relação à compra da Coronavac, Pazuello tem se preparado para explicar aos senadores que naquela ocasião não se tinha vacina, mas, sim, o que entende como um projeto de vacina.

    O ex-ministro deve explicar aos senadores que quando a vacina se mostrou uma realidade mais factível, o Ministério da Saúde assinou o acordo de intenção de compra e fez todos os repasses para a aquisição do imunizante.