Deputados do PT e do PSL debatem as manifestações de rua no Brasil
Paulo Teixeira e Coronel Armando trazem suas opiniões sobre a tensão entre bolsonaristas e o STF
Os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Coronel Armando (PSL-SC) foram convidados pela CNN a debater sobre as manifestações que aconteceram neste domingo (31) em todo o Brasil.
Leia e assista também:
Manifestantes e PM se enfrentam na Av. Paulista
Paulo Teixeira critica Jair Bolsonaro (sem partido) por sua participação semanal em atos em Brasília. “Todo final de semana ele chama as suas bases para crescer esse movimento de ataque à democracia”.
Sobre o ato contra o governo federal, que foi convocado por torcidas organizadas neste domingo (31), na Avenida Paulista, ele disse: “Um grupo de torcedores de Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos foi às ruas, e esse grupo disse: ‘Não, não pode se atacar a democracia assim’”. O deputado também criticou a ação da polícia, que entrou em confronto com os manifestantes.
Ao contrário de Paulo Teixeira, Coronel Armando diz que os atos em apoio ao presidente de maneira alguma vão incentivar o pedido de fechamento de instituições. Ele acrescentou que acredita que o Supremo impede que Bolsonaro faça as medidas que julga serem necessárias para combater a pandemia. “A prioridade é a preservação de vida e manter os empregos, mas algumas decisões monocráticas dos ministros do STF têm interferido. E a gente sempre fala que as nossas ações têm reações”, diz em relação às críticas do bolsonaristas ao Supremo.
O deputado do PSL afirma que o posicionamento dos eleitores pró-bolsonaro está sendo contra o STF, uma vez que, segundo ele, os ministros estariam dando tratamentos diferentes aos inquéritos a depender de uma vontade política. “Nós temos que ter pessoas com um grau de isenção muito grande, e as pessoas não sentem, pelas decisões do STF, isso”, afirmou.
O deputado do PT afirma que Bolsonaro jurou respeitar a Constituição, mas, na opinião dele, o presidente estaria promovendo a desordem. Teixeira afirma que essa desestabilização de Bolsonaro perante os poderes se deve ao inquérito das fake news. “Se ele não dever nada, ele não tem que temer. Mas o que está sendo investigado é um sistema criminoso, em que o chefe é ele”, afirma.