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    Romeu Zema: ‘Governo federal terá de deixar o rigor fiscal de lado’

    Governador de Minas Gerais, Romeu Zema comentou reunião com governadores e presidente para abordar o coronavírus 

    Da CNN, em São Paulo

    O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), falou à CNN, na tarde desta quarta-feira (25), após a reunião dos líderes do Sudeste com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Zema disse que o encontro foi produtivo e defendeu que governo federal deixe o rigor fiscal de lado no momento da crise do coronavírus. 

    “Eu deixei muito claro que, nesse momento, o governo federal terá de deixar de lado aquilo que, inclusive, eu prego: o rigor fiscal. Porque, caso contrário, nossa economia pode adoecer de tal forma que depois vai ficar muito difícil ela recuperar”, afirmou Zema.

    O governador de MG ainda defendeu que o governo federal siga o exemplo de outros países e encontre um caminho para dividir com as empresas o pagamento dos salários dos trabalhadores. “Eu tenho dito que o governo federal precisa zelar pela questão do empregado e das empresas, que têm de pagá-los. O governo vai precisar encontrar um caminho do meio um pouco diferente da medida provisória que o presidente editou”, declarou. “Talvez algo em que a empresa arque com parte daquilo que o empregado ganha, o governo com outra e o empregado com outra parcela -, de forma que as empresas consigam preservar os empregados e esses tenham um meio de sobreviver durante esse período da pandemia”, acrescentou.

    Em relação às medidas de contenção do coronavírus, Zema informou que pretende continuar seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O estado tem 133 casos confirmados e nenhuma morte registrada, segundo o Ministério da Saúde. “Tenho me baseado em dados científicos e nas melhores práticas da OMS. Não vou discutir com quem passou a vida inteira estudando a questão, então estamos fazendo o melhor”, explicou.

    Zema disse entender que as medidas devem causar impacto na economia, mas pontuou que o foco agora é “colocar as vidas e a saúde pública acima da questão econômica”. “Do meu ponto de vista é possível fazer as duas coisas”. “Esse é o momento de segurar o doente, não deixá-lo adoecer mais ainda. Mais adiante a gente vê como recuperar esses gastos excepcionais que serão feitos agora, lembrando que o Estado existe justamente para poder combater quando existe um ciclo negativo, e agora é o momento”.

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