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    Moradores descrevem cenário de destruição após terremoto que matou mais de 1.030 no Marrocos

    "Mal tive a chance de pegar as crianças e sair correndo", relatou moradora da cidade de Asni

    Celine AlkhaldiTeele Rebaneda CNN

    Fatima, 50 anos, disse à CNN que sua casa na cidade de Asni, no sopé das montanhas do Alto Atlas, no Marrocos, foi destruída pelo terremoto que atingiu o país na noite de sexta-feira (8), deixando mais de 1.030 mortos.

    “Mal tive a chance de pegar as crianças e sair correndo antes de ver minha casa desabar diante dos meus olhos. A casa do vizinho também desabou e há dois mortos sob os escombros”, afirmou ela.

    Fatima acrescentou que a ajuda ainda não chegou à cidade remota. “Não há ninguém aqui para ajudar a retirar os mortos dos escombros. A aldeia está em péssimas condições. Há destruição por toda parte.”

    Mohammed, 50 anos, da cidade vizinha de Ouirgane, perdeu quatro familiares no terremoto. “Consegui sair em segurança com meus dois filhos, mas perdi o resto. Minha casa desapareceu”, disse ele.

    “Estamos nas ruas com as autoridades enquanto tentam retirar os mortos dos escombros. Muitas, muitas pessoas foram levadas para o hospital na minha frente. Esperamos milagres dos escombros”, acrescentou Mohammed.

    [cnn_galeria active=”false” id_galeria=”2983957″ title_galeria=”Terremoto magnitude 6,8 atinge o Marrocos”/]

    Mustapha Louaanabi, que também vive no sopé das montanhas do Atlas, descreveu o momento em que o terremoto ocorreu dizendo ter ouvido “ruídos altos e ensurdecedores”. Parecia que “um trem estava passando bem no meio da sala de estar”.

    Sua família fugiu para fora da casa, onde permaneceu o resto da noite, enquanto tremores secundários foram sentidos até às 8h (horário local). “Ninguém dormiu a noite toda devido aos tremores secundários. O barulho desses choques criou pânico.”

    A casa de Louaanabi sobreviveu ao terremoto, mas uma cidade próxima foi destruída e os moradores locais não conseguem retirar os corpos dos escombros, disse ele.

    Muitas das aldeias no sopé das montanhas do Atlas, perto do epicentro do terremoto, estão isoladas e são de difícil acesso.

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