Ex-deputado é alvo da Operação Talha, da Lava Jato, no Rio de Janeiro
Segundo a PF, um ex-parlamentar é investigado por suposto desvio em recursos públicos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, o Into
A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Talha. A Polícia Federal cumpre oito mandados de busca e apreensão em residências e escritórios no Rio de Janeiro e Brasília. A operação investiga desvio de recursos públicos no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).
Segundo a investigação, foram encontrados indícios de atuação de um ex-parlamentar na nomeação de diretores do Into, como também influência direta em questões administrativas do hospital e até mesmo marcação de exames e cirurgias de seu interesse.
O principal alvo é o ex-deputado federal Francisco Floriano (DEM). Floriano foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro em 2014. Na época estava filiado ao PR. Trocou de partido durante a janela partidária de 2016, indo para o Democratas.O ex-parlamentar foi procurado, mas não respondeu aos questionamentos da CNN. A PF fez buscas na casa dele, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
A Operação Talha teve início a partir de informações obtidas na Operação Fatura Exposta, de 2017, que indicava a atuação de uma organização criminosa especializada no desvio de recursos públicos destinados a unidades de saúde do Rio durante a gestão de Sérgio Cabral.
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Na capital fluminense, agentes da PF e da Receita estão em um prédio comercial no Centro da cidade, de um ex-assessor do ex-parlamentar. Eles chegaram ao local por volta de 6 horas da manhã e precisaram chamar um chaveiro porque a porta do edifício estava trancada. Por volta das 6h20, no entanto, um funcionário que estava no interior do prédio abriu a porta para os agentes. A Polícia Federal também está em um endereço na Tijuca, Zona Norte do Rio.
Em Brasília, foram encontrados cerca de R$ 170 mil em espécie na casa de um ex-assessor do ex-parlamentar.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção passiva.
O nome dado para a operação remete ao período do Feudalismo. Talha era um tributo medieval pago pela exploração de propriedade senhorial, que consistia na entrega ao senhor feudal de uma parte dos produtos cultivados nos seus terrenos.
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