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    ‘Gráfico é que nem gravata, não muda nada’, diz Pontes sobre apresentação

    Ministro voltou a afirmar que, depois da publicação em um periódico internacional, todos os números serão apresentados

    Pedro Duran, da CNN, em São Paulo

    O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse que o gráfico usado na apresentação da nitazoxanida foi meramente ilustrativo. Ele voltou a afirmar que, depois da publicação em um periódico internacional, todos os números serão apresentados.

    O gráfico compôs um vídeo de apresentação do possível remédio para combater a Covid-19 na última segunda-feira em Brasília.

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    “Aquele gráfico é igual gravata, hoje eu estou sem gravata, mas não muda o resultado de nada. Aquele gráfico, não sei se vocês notaram, não tinha nem nada nos eixos. Era um gráfico de ilustração”, disse pontes. Questionado sobre o motivo de ter sido usado, o ministro disse que ele servia “para falar para você assim: ‘Olha, está caindo’. Em vez de apontar com o dedo, o gráfico era só para indicar isso”.

    O gráfico foi retirado de um banco de imagens da internet e descoberto pelos usuários do Twitter Samuel Pancher e Leonardo Lopes. Depois, acabou viralizando nas redes sociais. O ministro Marcos Pontes foi criticado por não apresentar as bases científicas e os resultados dos testes com a nitazoxanida.

    Questionado sobre a possibilidade de o uso da imagem poder causar desinformação, ele rebateu: “Não, muito pelo contrário”. “O que desinforma são esses tipos de notícia enfocando em uma coisa que não tem o menor sentido no meio. Presta atenção na perspectiva do que nos falamos. Nós temos hoje comprovado cientificamente um medicamento no Brasil, aliás desenvolvidos aqui os testes todos, que consegue diminuir a carga viral de uma doença tão importante quanto essa. Essa é a coisa importante. Salvar vidas é a coisa importante.”

    O ministro ainda afirmou que as mortes por Covid-19 podem ser reduzidas mais rapidamente por ter antecipado o anúncio da suposta eficácia do medicamento. “Cada dia a gente perde mais de 500 pessoas. Imagine se eu falar assim: vou esperar um mês para divulgar esse negócio junto com as estatísticas, os gráficos […], faz as contas aí, 500 pessoas por dia, 15 mil pessoas por mês que, provavelmente, muitas delas poderiam ser salvas com a nitazoxanida. E não seriam. Então eu não iria conseguir dormir e acho que nenhum de vocês conseguiria se estivesse no meu lugar”, defendeu.

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