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    Bolsonaro estuda criar ministério para abrigar Pazuello

    Ideia seria estabelecer o Ministério Extraordinário da Amazônia e indicar o general como titular da pasta

    Igor Gadelha e Pedro Teixeira, da CNN, em Brasília

    O presidente Jair Bolsonaro estuda criar um novo ministério no governo para abrigar o general Eduardo Pazuello, que deixará o comando da pasta da Saúde nos próximos dias.

    Segundo apurou a CNN com fontes do Palácio do Planalto e do Ministério da Saúde, a ideia seria criar o Ministério Extraordinário da Amazônia e indicar Pazuello como o titular da pasta.

    Além de manter Pazuello no governo, o cargo manteria o foro privilegiado do militar no Supremo Tribunal Federal, onde ele responde a inquérito sobre sua atuação na pandemia.

    A ligação de Pazuello com a região seria umas das justificativas para a indicação. Em 2020, o general assumiu o comando da 12ª Região Militar da Amazônia, o qual teve de deixar para assumir o Ministério da Saúde.

    Além de manter Pazuello no primeiro escalão do governo, a nova pasta esvaziaria o Conselho da Amazônia. O colegiado é comandado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que se distanciou de Bolsonaro.

    Em fevereiro, o presidente admitiu que estudava a possibilidade de criar o Ministério Extraordinário da Amazônia. Segundo ele, a aprovação da autonomia do Banco Central abriria uma vaga na Esplanada.

    Resistência

    A criação do ministério, porém, enfrenta resistências de outros auxiliares de Bolsonaro. A avaliação é de que criar uma nova pasta neste momento passaria um sinal ruim ao eleitorado.

    Além do novo ministério, o presidente avalia outros dois cargos para manter Pazuello no governo: o de assessor especial da Presidência ou o de secretário de Assuntos Estratégicos do Planalto.