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    Governo quer reverter acordo e evitar Renan Calheiros na relatoria de CPI

    Embora o alagoano tenha a preferência de ao menos seis dos 11 titulares do colegiado, há um movimento para emplacar o senador Marcos Rogério (DEM-RO) na função

    Barbará Baião, da CNN, em Brasília

    A articulação política do governo não dá como fato consumado a escolha do senador Renan Calheiros (MDB-AL), como relator da CPI da Covid-19. Embora o alagoano tenha a preferência de ao menos seis dos 11 titulares do colegiado, há um movimento para emplacar o senador Marcos Rogério (DEM-RO) na função.

    A definição será feita na primeira reunião do colegiado, o que pode ocorrer a partir da quinta-feira da próxima semana, de acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MDB-MG).

    Para a estratégia vingar, a articulação do governo precisa reverter um acordo feito entre a ala de senadores independentes e que, até o momento, decidiu apoiar o nome do senador Omar Aziz (PSD-AM) na presidência. Em troca dos votos, o parlamentar faria a escolha de Calheiros na relatoria.

    Segundo fontes envolvidas nas negociações, o Palácio do Planalto topa Aziz na presidência, mas tenta elegê-lo com voto de nomes governistas do colegiado. Nesse cenário, há uma avaliação de que é possível buscar nome mais “neutro” para descontaminar a política do âmbito das investigações.

    À CNN, o senador Omar Aziz disse que as conversas ainda estão em aberto e ele está buscando dialogar com todos, inclusive nomes mais alinhados ao governo. O senador também reforçou que, uma vez presidente, quer evitar um “caça as bruxas”, ou seja, na linha de que os fatos devem ser apurados, não pessoas.

    À bancada, em pronunciamento, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
    À bancada, em pronunciamento, senador Renan Calheiros (MDB-AL)
    Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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