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    Nomeação de Fábio Faria é jogada mais arrojada de Bolsonaro na politica

    Novo ministro é amigo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e tem acesso aos principais líderes e presidentes de partidos com assento no Congresso

    Daniela Limada CNN

    A nomeação de Fábio Faria (PSD-RN) para o recém-recriado Ministério das Comunicações pegou o mundo político de surpresa, mas já é vista como a jogada mais arrojada do presidente Jair Bolsonaro para refazer pontes no Congresso e na mídia. 

    Faria é deputado de bom trânsito entre os mais diversos partidos. Ele é amigo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e tem acesso aos principais líderes e presidentes de partidos com assento no Congresso.

    Faria tornou-se próximo da família Bolsonaro após a eleição. Fez pontes com o filho mais palatável à política do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, e ao longo dos últimos 18 meses trabalhou a relação ao ponto de se tornar um conselheiro do presidente em questões centrais.

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    Ele apoiou a aproximação de Bolsonaro com partidos de centro e defende uma relação menos belicosa do presidente com a imprensa.

    Genro de Silvio Santos, o dono do SBT, Fábio Faria ajudou a aproximar o presidente da emissora. Agora, uma de suas principais missões é dar funcionalidade à comunicação institucional do governo, vista por muitos de seus aliados como o flanco mais fraco de atuação do Planalto.

    O atual secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, será alçado à condição de secretário-executivo do Ministério das Comunicações. Ele e Fábio Faria são amigos.

    A operação para a nomeação do deputado do PSD a um ministério começou a ser montada na semana passada. Antes, Fábio foi sondado sobre a possibilidade de assumir a liderança do governo na Câmara. 

    A costura, dizem pessoas próximas ao novo ministro, passou ao largo do dirigente mais influente do PSD, o ex-prefeito Gilberto Kassab, e deu frutos pela relação pessoal de Fábio com o presidente. 

    A nomeação do deputado, porém, não deixa de ser uma jogada de forte componente político. Ela sela a entrada do centrão no núcleo duro do governo, em ministério de posição estratégica.

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