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    Inundações paralisam Hong Kong após maior volume de chuva desde 1884

    Cidade permanece sob o alerta mais alto de tempestade; metrô e escolas tiveram operação suspensa

    Jessie Yeungda CNN

    Chuvas recordes paralisaram grande parte de Hong Kong nesta sexta-feira (8), causando inundações repentinas que atingiram estações de metrô e deixaram motoristas presos nas estradas. Autoridades suspenderam aulas e pediram aos cidadãos para procurarem refúgio.

    Fotos e vídeos mostraram moradores atravessando águas turvas e marrons enquanto chuvas fortes continuavam caindo. Em algumas áreas baixas, a água subiu e formou correntes, com as autoridades tendo que resgatar motoristas presos nos seus veículos.

    A tempestade começou na noite de quinta-feira (7), com o Observatório de Hong Kong registrando mais de 158 milímetros de chuva entre 23h e meia-noite, a maior precipitação horária desde que os registros começaram, em 1884, segundo o governo em um comunicado à imprensa.

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    Algumas partes da cidade, que tem 7,5 milhões de habitantes, registraram quase 500 mm de chuva em 24 horas, de acordo com o site de dados meteorológicos online OGimet.

    As condições extremas pegaram muitos residentes de surpresa e ocorreram poucos dias depois de Hong Kong ter sido atingida pelo tufão mais forte em cinco anos.

    O tufão Saola, que chegou à escala de supertufão, enfraqueceu para o equivalente a um furacão de categoria 2 quando atingiu Hong Kong no fim de semana passado.

    Entretanto, ainda era potente o suficiente para derrubar árvores e causar centenas de cancelamentos de voos. Oitenta e seis pessoas ficaram feridas com a passagem do tufão, disse o governo.

    A tempestade desta sexta-feira causou problemas generalizados nos transportes e nos negócios em todo o centro financeiro, com o mercado de ações cancelando as negociações matinais e todas as escolas fechadas durante o dia.

    Autoridades apelaram às empresas para que permitissem que funcionários não essenciais ficassem em casa ou procurassem abrigo, alegando condições de deslocamento inseguras.

    As condições “extremas”, incluindo “inundações generalizadas, interrupção do tráfego e alto risco de deslizamento de terra”, devem continuar até pelo menos às 18h desta sexta-feira, no horário local, segundo o governo.

    O Mass Transit Railway, o sistema de metrô  da cidade, anunciou que suspenderia os serviços em uma de suas linhas depois que uma estação no distrito de Wong Tai Sin foi inundada, com imagens amplamente compartilhadas online mostrando a água da enchente jorrando escada abaixo.

    Outro vídeo mostra trabalhadores em uma estação diferente com água até os joelhos, trabalhando na entrada para evitar a inundação.

    Embora a maioria das outras operações de metrô permanecessem abertas, todos os principais serviços de ônibus, bondes e balsas foram suspensos, segundo a emissora pública RTHK. Várias estradas também foram fechadas devido à ameaça de deslizamentos de terra.

    A cidade permanece sob o alerta mais alto de tempestade, emitido na noite de quinta-feira (7). O serviço meteorológico oficial pediu às pessoas que permaneçam em casa e encontrem abrigo, e aos residentes próximos aos rios que considerassem sair do local.

    Vídeos da noite de quinta-feira mostram enchentes entrando nos primeiros andares de alguns edifícios e shopping centers, com cadeiras e detritos espalhados pelo chão.

    O governo também alertou “que pode haver risco de inundação” no distrito norte dos Novos Territórios, adjacente ao continente chinês, depois que a cidade vizinha de Shenzhen afirmou que iria liberar água de um reservatório.

    As chuvas em Shenzhen também quebraram vários recordes na cidade, incluindo de precipitação máxima em períodos de duas, três, seis e 12 horas, que se mantêm desde 1952, segundo a mídia estatal chinesa.

    Shenzhen recebeu 469 milímetros de chuva a partir das 17h de quinta-feira, no horário local, às 6h de sexta-feira, também no horário local, com jardins de infância e escolas primárias e secundárias fechadas, informou a mídia estatal. O transporte também foi interrompido lá, com seis linhas de metrô suspensas.

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