Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Crivella volta a criticar metodologia das pesquisas no dia seguinte da eleição

    Crivella agradeceu o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O candidato foi para o 2° turno das eleições municipais com 576.825 votos

    Isabelle Saleme, da CNN, no Rio de Janeiro

    Marcello Crivella, do Republicanos, voltou a criticar a metodologia adotada pelos institutos para as pesquisas eleitorais. Segundo o atual prefeito do Rio, elas são “instrumentos eleitorais”.

    Crivella argumentou ainda que a abstenção alta na cidade não é levada em consideração quando se fala sobre a rejeição dos candidatos. “45% dos eleitores não votam ou votam branco e nulo. E eles não deveriam entrar na rejeição do um candidato”, explicou.

    Leia também

    Paes e Crivella discursam prometendo comparar gestões no segundo turno

    Não votei no primeiro turno, posso votar no segundo?

    Crivella agradeceu o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O candidato foi para o 2° turno das eleições municipais com 576.825 votos, que correspondem a 21,90% dos válidos. Ele vai disputar o cargo, no dia 29 de novembro, com Eduardo Paes, do Democratas.

    Sobre o adversário, Crivella afirmou “foi o governo mais corrupto da história da cidade. Nós vamos voltar com o governo mais corrupto que já existiu porque o Ibope diz que ele é o mais votado?”.

    O candidato ainda lembrou que perdeu as eleições estaduais para Sergio Cabral Filho e Luiz Fernando de Souza, o Pezão, e afirmou “espero que o povo do Rio de Janeiro não se arrependa de novo”.

    Para o segundo turno, o candidato disse que já começa a procurar alianças políticas. O foco serão os evangélicos e conservadores.

    Mas admitiu que os votos de eleitores em Martha Rocha (PDT) e de Benedita da Silva (PT), terceira e quarta colocadas, são importantes. Logo após votar, nesse domingo, o candidato do Republicanos tinha afirmado que o procuraria Luiz Lima (PSL) em busca de apoio.

    O deputado federal, no entanto, divulgou um vídeo afirmando que manteria a neutralidade no segundo turno.

    Na entrevista, que durou cerca de 50 minutos, o atual prefeito comentou ainda a crítica de que não fez nada durante o mandato.

    Ele justificou que não fez grandes obras porque tinha o foco de cuidar das pessoas. “Não me corrompi, não aceitei vantagens por respeito ao meu eleitor. Só eu sei o que passei nesse governo sem recurso e com dívida deixadas pelo passado.”

    Procurado para comentar a declarações do rival, o ex-prefeito Eduardo Paes disse: “Eu espero discutir a cidade (nesse segundo turno), mas tem uma diferença básica entre mim e o Crivella. Quando eventualmente alguma pessoa próxima a mim é descoberta com algum desvio, eu afasto, coloco para longe. Ele, não. Perto de mim, não tem gente assim”, afirmou. 

    Sobre o candidato

    Marcelo Crivella é carioca e tem 63 anos. O engenheiro civil e cantor gospel foi eleito em 2002 para o senado federal pela primeira vez, pelo antigo PL, atual PR.

    Em 2010, foi reeleito pelo partido que ajudou a fundar, o PRB. Crivella foi ministro da Pesca e Aquicultura entre 2012 e 2014, no Governo Dilma.

    Voltou ao Senado e pediu licença do cargo para concorrer à prefeitura em 2016. Foi eleito no segundo turno, contra Marcelo Freixo (PSOL).

    Tópicos