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    Decotelli: é prioridade restabelecer o diálogo e melhorar a educação pública

    Novo ministro disse que uma das prioridades do MEC será melhorar diálogo com a Capes, para que as bolsas de estudo se reflitam em melhor qualidade tecnológica

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista exclusiva à CNN nesta quinta-feira (25), o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, disse que espera restabelecer o diálogo com as universidades federais e com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), assim como encontrar soluções para melhorar a qualidade da educação pública do país.

    Decotelli também elencou o que, segundo ele, serão as três prioridades do MEC a partir de agora. A primeira é definir um sistema de quantificação técnica rigorosa nos controles e nas métricas para avaliar a educação brasileira.

    “Não podemos estabelecer políticas públicas baseados em um índice tão importante como o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] em métricas de 2005”, disse.

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    O novo ministro da Educação falou também em promover uma gestão integrada entre o ministério e as suas autarquias, que fazem a entrega nos segmentos da educação no país. Além disso, manifestou intenção de melhorar o diálogo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na qualificação e estímulo para que as bolsas de estudo se reflitam em melhor qualidade tecnológica. Para Decotelli, é fundamental que o Brasil esteja preparado para ingressar em um mundo tecnológico e mais desafiador. 

    Questão racial

    Perguntado sobre o fato de ser negro e se isso traria alguma mensagem para o povo brasileiro neste momento — ele é o primeiro negro a ser nomeado ministro no governo de Jair Bolsonaro — Decotelli disse que “precisamos nos enxergar como brasileiros”, e que aqueles que quiserem buscar os seus sonhos e projetos devem poder fazê-lo “independentemente da sua cor de pele e etnia”. Segundo ele, é dever do Estado não criar prioridades, proteções e nem barreiras institucionais. 

    “Somos um país que todas as etnias são bem recebidas. Mas o Estado precisa ser o marco regulador, não pode pré-conceber acesso melhor para alguns grupos e bloquear o acesso a outros”, falou.

     

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