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    Lira diz que sua candidatura não rejeita apoio nem de Bolsonaro, nem da esquerda

    Candidato a presidente da Câmara critica adversário Baleia Rossi (MDB-SP) e o atual ocupante do cargo, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    Candidato a presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) afirmou nesta sexta-feira (8) que a sua proposta é dialogar com todos os grupos políticos.

    Questionado sobre o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Lira disse em entrevista à CNN não rejeitar adesão de ninguém.

    “O diferencial da nossa campanha é que nós temos contato direto com os deputados, independente de partido e independente de tendência, de centro, de direita ou de esquerda. Eu não rejeito apoio de ninguém, nem de nenhum partido”, disse o deputado.

    Arthur Lira foi entrevistado pela âncora da CNN Carla Vilhena e pelos colunistas Caio Junqueira, Fernando Molica e Thaís Arbex.

    A fala do deputado Arthur Lira acontece em um momento em que os partidos de esquerda se aproximam da candidatura do seu adversário, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), aliado do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

    Uma das apostas da campanha de Lira é a de defecções na base de apoio do candidato do MDB. Partidos como o PT, que apoiam Baleia Rossi, se apresentam rachados. Dos 51 deputados petistas, apenas 28 votaram em favor do apoio ao candidato de Maia.

    ‘A Câmara não tem dono’

    Arthur Lira fez críticas a Baleia Rossi e Rodrigo Maia. O discurso do deputado do PP é de que o atual presidente da Câmara dirige a Casa com “centralismo”, definindo a pauta dos debates entre os parlamentares. A promessa de Lira é ir em outro caminho caso seja eleito.

    “A pauta não é do presidente e a Câmara não tem dono”, criticou. “Não cabe a mim nem ao atual presidente definir a pauta do Brasil”, prosseguiu.

    “A Câmara vai voltar a ter previsibilidade, o deputado vai voltar a ter voz e nós vamos respeitar as proporcionalidades da Casa”, disse Arthur Lira.

    Segundo ele, a intenção é que a Câmara tenha uma “agenda” pré-definida dos temas a serem votados.

    O candidato a presidente da Câmara afirmou que a prioridade será a PEC emergencial, para poder criar um novo programa social. Ele voltou a criticar a defesa de Rossi, que propôs a convocação de uma sessão emergencial para analisar temas a respeito da Covid-19, em especial a prorrogação do auxílio emergencial.

    “No sentido restrito de tudo que o patrocinador da campanha do deputado Baleia pregou de responsabilidade de teto de gastos, eu pergunto de onde viriam os recursos para o alargamento do auxílio emergencial ou o aumento da renda do Bolsa Família”, afirmou o deputado.

    Em atualização  

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