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    Apreender o passaporte de Weintraub é perseguição, diz deputado Sanderson

    "Respeito, mas considero abusiva a medida do senador que busca a apreensão do passaporte do ministro", afirmou o deputado federal da base do governo

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (19), o deputado federal Ubiratan Sanderson (PSL-RS) avaliou a saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação (MEC), que foi anunciada pelo próprio ministro em um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), divulgado na quinta-feira (18).

    Para o deputado, “Weintraub cumpriu sua missão e deu sua colaboração para o país”. Além disso, o parlamentar afirmou ver uma “perseguição” no pedido feito pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para apreender o passaporte do ex-ministro.

    “Respeito, mas considero abusiva a medida do senador que busca a apreensão do passaporte do Weintraub. Ele não é um criminoso, nem sequer investigado. É uma implicância e uma perseguição que, nós, enquanto sociedade, não podemos permitir”, defendeu o deputado.

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    Sanderson, que é da base do governo, disse que a prioridade agora é “entregar resultados seja na educação ou na saúde pública”, além de preencher o cargo que deve ser deixado por Weintraub nos próximos dias.

    “A prioridade do governo é continuar na busca de soluções, prioritariamente para a saúde pública, a economia e, agora, na questão da educação, trabalhar para a indicação do novo ministro”, acrescentou.

    Críticas ao MEC

    Sanderson fez críticas a gestões anteriores do MEC e disse considerar que “não temos estratégia para a educação nos últimos 30 anos”. “Vimos 30 anos de políticas públicas equivocadas. É só verificar que, ano após ano, o Ministério da Educação teve orçamentos aumentados e os resultados não aumentaram. O índice de analfabetismo diminuiu, mas o de analfabetos funcionais aumentou bastante”, citou ele.

    O deputado ainda classificou que, antes da gestão Bolsonaro, “havia muito mais a preocupação em formar militantes e ativistas ideológicos do que formar advogados, médicos, dentistas e economistas”. 

    Saída de Weintraub

    Weintraub fez o anúncio em um vídeo publicado em seu canal no YouTube no qual aparece ao lado do presidente. O ministro atribuiu sua saída a um convite para ocupar um cargo de direção no Banco Mundial, indicação que segundo Weintraub foi referendada por Bolsonaro.

    Weintraub disse que “nos próximos dias” passará o cargo para seu substituto, “interino ou definitivo”. O mais cotado para chefiar o MEC era o secretário nacional de alfabetização, Carlos Nadalim, mas Bolsonaro agora avalia o nome do atual secretário-executivo da pasta, Antonio Paulo Vogel. Ele trabalhou em gestões petistas no passado.

    Segundo Weintraub, com a nomeação para o Banco Mundial, ele e sua família poderão ter “a segurança que hoje” estaria deixando-o “preocupado”. No vídeo, o ministro não detalhou os motivos de tal preocupação. No entanto, em conversas reservadas com aliados e interlocutores, Weintraub reconhecia o temor de ser preso por causa das ofensas aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e até de sofrer agressões e ataques físicos, apurou na quarta-feira (17) o analista Igor Gadelha, da CNN.

    (Edição: André Rigue)

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