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    Toffoli suspende depoimentos de suspeitos de invadir celulares de autoridades

    Gustavo Elias Santos e Luis Henrique Molição são suspeitos de participarem da invasão de celulares de Moro, Deltan Dallagnol e Jair Bolsonaro

    Estadão Conteúdo

    O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu os depoimentos de Gustavo Elias Santos e Luiz Henrique Molição no âmbito das investigações da Operação Spoofing, que mirou grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades.

    Alguns dos atingidos foram procuradores da força-tarefa da Lava Jato, como Deltan Dallagnol, o ex-ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    Santos e Molição são suspeitos de participação no hackeamento e seriam ouvidos nesta quinta (16) após firmarem acordos de delação com a Justiça Federal.

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    A decisão de Toffoli atende a pedido da Defensoria Pública, responsável pela defesa dos colaboradores, que alega não ter tido acesso ao acervo completo de provas e elementos informativos colhidos na investigação policial.

    Os interrogatórios estão suspensos para evitar “eventual cerceamento de defesa”, segundo o ministro, até que o juiz Vallisley de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, responsável pelo caso, se manifeste sobre as alegações da Defensoria.

    “Com o fim de evitar eventual cerceamento de defesa, ante a ausência das informações solicitadas, entendo prudente suspender a audiência marcada para amanhã, dia 16/7/2020, às 14 horas, até que a autoridade reclamada se manifeste sobre o quanto alegado na petição inicial”, determinou o ministro.

    Os colaboradores chegaram a ser presos durante as investigações, mas foram liberados após a homologação dos acordos de delação. Enquanto Santos nega ter participado das invasões, Molição se comprometeu a trazer revelações sobre o hackeamento das autoridades por meio das contas do aplicativo de comunicação Telegram.

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