Bancada feminina cobra mais espaço em CPI: ‘Temos que matar um leão por dia’
No segundo dia de depoimentos da CPI da Pandemia, as declarações do ex-ministro da Saúde Nelson Teich acabaram dividindo a cena como uma confusão entre senadores governistas e a bancada feminina do Senado. No dia anterior, o presidente da comissão Omar Aziz (PSD-AM) havia concedido às senadoras um lugar na fila na hora de fazer perguntas às testemunhas. Uma vez que a CPI é composta apenas por homens, a bancada feminina negociou a participação de algumas representantes nos encontros, ainda que sem direito a voto ou à apresentação de requerimentos.
Mas quando chegou a vez dos membros da CPI perguntarem a Nelson Teich, o senador governista Ciro Nogueira (PP-AL) não gostou do rearranjo de Aziz: “Vou aceitar hoje, em respeito à senadora, mas isso não foi discutido, não está em regimento e a gente fica sempre com o papel de ser o vilão dessa situação, de queremos cumprir o regimento aqui dentro e que o trabalho seja levado a sério”. A fala foi dirigida à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), e ela e outras senadoras da bancada feminina reagiram.
Neste episódio do E Tem Mais, Monalisa Perrone fala com a líder da bancada feminina do Senado, a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Na conversa com Monalisa, Thais Arbex e Caio Junqueira, a senadora fala da importância das mulheres não apenas na CPI, mas também em outros espaços de poder e decisão política. “Nossa luta não vem de agora, temos que matar um leão por dia para empoderar todas as mulheres em todas as áreas”, afirma Tebet.
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