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    O salto de Boulos: de presidenciável menos votado do PSOL a 40% dos votos em SP

    Guilherme Boulos terminou o segundo turno das eleição de São Paulo com 2,1 milhão de votos. Em 2018, foi 10º colocado na disputa pela presidência, com 617 mil

    Guilherme Boulos foi de 617 mil votos nas eleições presidenciais de 2018 a 2 milhões de votos no segundo turno da prefeitura de São Paulo, em 2020
    Guilherme Boulos foi de 617 mil votos nas eleições presidenciais de 2018 a 2 milhões de votos no segundo turno da prefeitura de São Paulo, em 2020 Foto: Reprodução/Twitter

    Por Diego Freire, da CNN, em São Paulo

    “Hoje não é o fim de uma caminhada, é apenas o começo”, disse o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, em discurso neste domingo (29), no qual desejou sorte a Bruno Covas (PSDB) na prefeitura de São Paulo e projetou o próprio futuro político, com acenos a 2022.

    Apesar da derrota para o tucano no segundo turno, Boulos, aos 38 anos, termina a eleição paulistana como um nome ascendente da esquerda, com mais de 2 milhões de votos na maior cidade brasileira – quase 4 vezes mais do que recebeu em todo o Brasil em 2018, quando foi o candidato à Presidência da República menos votado da história de seu partido, com cerca de 617 mil votos. 

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    Segundo colocado nas eleições paulistanas de 2020, o candidato do PSOL recebeu exatamente 2.168.109 votos no segundo turno (40,62% dos votos válidos na cidade) e mais que dobrou os votos que recebeu há duas semanas, quando terminou o primeiro turno com 1.080.736 (20,24% dos votos válidos).

    O salto é ainda mais impressionante quando se compara o desempenho de Boulos em 2020 com o que obteve na eleição presidencial de 2018, o primeiro cargo eletivo que disputou. 

    Há dois anos, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foi o candidato à presidência menos votado da história do PSOL. Ele terminou na 10ª colocação no primeiro turno daquele pleito, com 617.122 votos (0,58%) dos votos válidos.

    Boulos ficou atrás de Álvaro Dias (Podemos/ com 0,80% dos votos válidos); Marina Silva (Rede/ 1%); Henrique Meirelles (MDB/ 1,20%); Cabo Daciolo (então no Patriota/ 1,26%); João Amoêdo (Novo/ 2,50%); Geraldo Alckmin (PSDB/ 4,76%); Ciro Gomes (PDT/ 12,47%) e os dois candidatos que foram ao segundo turno: Fernando Haddad (PT/ 29,28%) e Jair Bolsonaro (então no PSL/ 46,03%).

    Registrado na Justiça Eleitoral em 2005, o PSOL teve candidatura própria para presidente em quatro eleições. O melhor desempenho foi em 2006, quando Heloísa Helena terminou na 3ª colocação, com 6,5 milhões de votos (6,85% dos votos válidos). 

    Antes do 10º lugar de Boulos em 2018, o partido alcançou a 4ª colocação nas duas votações anteriores: em 2014, Luciano Genro obteve 1,6 milhão de votos (1,55% dos votos válidos) e, em 2010, Plínio de Arruda Sampaio recebeu 886.816 (0,87% dos votos válidos na ocasião).