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    Economia do Brasil deve crescer 2,5% em 2023, aponta Cepal

    Agência da ONU prevê que todas as sub-regiões apresentarão um dinamismo menor em comparação com 2022

    da Reuters

    A economia da América Latina e do Caribe deve crescer 1,7% este ano e 1,5% em 2024, disse a Cepal na terça-feira (5), em meio à dinâmica de crescimento baixo e complexidades macroeconômicas na região, apesar de uma revisão moderada para cima neste ano.

    A agência da ONU prevê que todas as sub-regiões apresentarão um dinamismo menor em comparação com 2022 e disse que os números do primeiro trimestre não apenas confirmaram a desaceleração regional em termos anuais, mas mostraram uma estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos quatro trimestres.

    Em 2022, a região cresceu 3,8%, de acordo com números preliminares. Em abril, a Cepal havia projetado que a América Latina e o Caribe cresceriam 1,2% este ano.

    De acordo com o relatório, a economia do Brasil crescerá 2,5% este ano e 1,4% no próximo enquanto a da Argentina vai contrair 3,0% e 1,6%.

    As projeções para o PIB do México são de avanço de 2,9% em 2023 e 1,8% em 2024.

    O PIB peruano crescerá 1,3% este ano e 2,5% no ano que vem, enquanto o da Colômbia aumentará 1,2% e 1,9%.

    “As projeções para 2024 indicam que o baixo dinamismo na região continuará. Espera-se que o contexto internacional continue desfavorável, com o crescimento do PIB e do comércio global bem abaixo das médias históricas”, disse a agência sediada em Santiago.

    Internamente, acrescentou a Pesquisa Econômica Anual da América Latina e do Caribe, permanece o espaço reduzido para políticas macroeconômicas, tanto fiscais quanto monetárias.

    “A dívida pública está em níveis elevados, o que, juntamente com o aumento das taxas de juros externas e domésticas e uma queda esperada nas receitas fiscais como resultado de um crescimento menor, significa que o espaço fiscal deverá ser limitado para a região como um todo”, disse o relatório.

    Em julho do ano passado, o Chile se tornou a primeira grande economia da região a iniciar um ciclo de flexibilização monetária há muito esperado, depois que os bancos centrais aumentaram as taxas de juros de forma acentuada para lidar com a inflação na esteira da recuperação pós-pandemia e da guerra na Ucrânia.

    O documento também observou que, embora a dinâmica da inflação tenha caído, ela permanece em níveis acima dos observados antes da pandemia e acima das metas dos bancos centrais, o que “sugere que as taxas de juros permanecerão relativamente altas até o fim do ano”.

    Veja também: Brasil tem a quinta maior alta do PIB entre os integrantes do G20

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