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    PGR dá 5 dias para Witzel explicar supostas ameaças feitas a secretário do RJ

    Os fatos que Witzel terá que esclarecer se referem a uma live realizada por ele na terça-feira (5)

    O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, terá de se explicar à PGR
    O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, terá de se explicar à PGR Foto: Pilar Olivares - 28.ago.2020/ Reuters

    Paula Martini e Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) autuou o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), nesta quarta-feira (6), e deu a ele cinco dias para se explicar sobre as supostas ameaças feitas ao atual secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves. 

    Os fatos que Witzel terá que esclarecer se referem a uma live realizada por ele na terça-feira (5). A autuação é assinada pela subprocuradora-geral da República Lindora Maria de Araújo. 

    Na transmissão, o governador afastado chama Chaves de mentiroso, por causa do teor de seu depoimento dado no dia 17 de dezembro, no Tribunal Especial Misto, que avalia o processo de impeachment em andamento contra o ex-juiz, e faz diversas considerações sobre o depoimento e o autor. 

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    Na ocasião, o secretário de Saúde foi ouvido na condição de testemunha pedida pela própria defesa do governador afastado. 

    No entanto, em seu depoimento, Chaves disse ter encontrado a secretaria aparelhada e desestruturada ao assumir o cargo. Ele disse também acreditar que Witzel tinha conhecimento das irregularidades praticadas na Saúde, e relatou ter sofrido ameaças de morte logo na primeira semana no cargo.  

    Witzel se manifestou sobre o assunto em uma rede social nesta quarta-feira (6). “Apenas e tão somente exerci meu direito sagrado de defesa diante de informações inverídicas. Informações essas que constam de determinado depoimento. Não ameacei, nem poderia ameaçar, na medida em que o depoimento já foi prestado, em data anterior à crítica que veiculei nas minhas redes sociais”, afirmou. 

    Procurado pela CNN, Carlos Alberto Chaves disse que se sentiu protegido com a postura da PGR. “Eu me senti gratificado, isso é importante para o cidadão que trabalha, saber que os órgãos do judiciário viram um erro e questionaram. Estou aliviado, me sinto defendido”, disse.  

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    O secretário de Saúde também rebateu as acusações de Witzel e informou que não pretende adotar medidas judiciais contra o governador afastado. 

    “Eu não respondo a réu. Mentiroso de quê? Ele falou qual era a mentira? Ele denegriu o Tribunal de Justiça, os cinco desembargadores e os cinco deputados porque ‘deixaram’ uma testemunha mentir para eles. Eu acho que ele surtou, perdeu o controle. Porque está acusando um Tribunal de Justiça, ameaçando uma testemunha, não acredito que uma pessoa em sã consciência faria uma coisa dessas”, concluiu.