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    Maioria considera Lula culpado e vê que Fachin agiu mal, diz Datafolha

    A anulação das condenações no âmbito da Lava Jato, que tornou o ex-presidente elegível novamente, não foi bem aceita por 51% dos ouvidos

    Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo

    Para 57% da população, a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex no Guarujá foi justa. Outros 51% consideram que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, agiu mal ao decidir anular as decisões contra o petista.

    É o que revela a pesquisa Datalha, divulgada nesta segunda-feira (22), que ouviu 2.023 pessoas entre os dias 15 e 16 março. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos. 

    Para 38% dos ouvidos pelo Datafolha, a decisão foi injusta, outros 5% não souberam opinar.

    Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro há 9 anos e 6 meses de prisão no caso do tríplex, no âmbito da Operação Lava Jato.

    A pena foi aumentada pela 12 anos e um mês na segunda instância e, depois, reduzida a 8 anos e 10 meses no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    Lula foi preso em abril de 2018 e foi solto em novembro de 2019 após mudança de entendimento do STF sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.

    Ex-presidente Lula fala após ter condenações anuladas
    Ex-presidente Lula fala após ter condenações anuladas
    Foto: CNN (10.mar.2021)

    Ainda no ínicio deste mês, Fachin anulou as condenações de Lula na Lava Jato e mudou seu entendimento acerca das competências da vara de Curitiba, que era comandada pelo então juiz Moro.

    Para 51% dos ouvidos, Fachin agiu mal ao anular as condenações; 42% acreditam que o ministro acertou e outros 6% não souberam responder. 

    O ministro do STF (Supremo Tribunal de Justiça), Edson Fachin
    O ministro do STF (Supremo Tribunal de Justiça), Edson Fachin
    Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo (1º.out.2019)

    A decisão de Fachin ainda deve ser apreciada pelo plenário do Supremo. Com as anulações, Lula voltou a se tornar elegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa. 

    Quando questionados sobre a possibilidade do ex-presidente concorrer às eleições em 2022, 51% não querem que ele dispute o pleito, enquanto 47% aprovam a candidatura.