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    STF não modificaria regimento para proteger a Lava Jato, diz advogado

    Com a alteração regimental feita nesta quarta (7), não é mais a 2ª Turma, por exemplo, que julga processos de ações penais e inquéritos da operação

    Da CNN, em São Paulo

    O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (7) uma alteração regimental que transfere das turmas para o plenário o julgamento de ações penais destinadas a apurar crimes atribuídos a autoridades com foro por prerrogativa de função no STF.

    Com a mudança, não é mais a 2ª Turma, por exemplo, que julga processos de ações penais e inquéritos da Lava Jato

    Em entrevista à CNN, Georges Abboud, advogado e professor de direito constitucional, afirma que quer ter a convicção de que o STF não modificaria o seu regimento para proteger a operação.

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    Mudança no STF tira Lava Jato da 2ª Turma

    Georges Abboud, advogado e professor de direito constitucional
    Georges Abboud, advogado e professor de direito constitucional
    Foto: CNN (07.out.2020)

    “Por duas razões básicas: o Supremo perderia a sua imparcialidade, e a sua função não é proteger a Lava Jato, e sim a constituição e os direitos fundamentais”, explicou.

    O advogado falou ainda o que significa a alteração do ponto de vista prático. 

    “O Supremo, composto por 11 ministros, tem duas turmas e o plenário – formado pelos 11 ministros. Até 2014 o plenário era responsável pelo julgamento das ações penais por prerrogativa de função”, falou.

    “Como o Supremo estava abarrotado de inquéritos e ações penais, a partir de 2014, retirou do plenário e passou essas ações penais para as turmas – a primeira e segunda”, continuou.

    Hoje, porém, com a diminuição dos inquéritos e das ações penais, o Supremo deliberou e retornou ao modelo anterior.

    “Levando para o plenário o julgamento das ações penais de competência originária sob o argumento de que questões penais seriam sensíveis e que haveria o risco de não haver uma uniformização na forma de entendimento das matérias penais”, esclareceu.

     

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