Defesa de Pastor Everaldo entrará com habeas corpus no STF
Presidente do PSC está preso desde o dia 28 de agosto; defesa alega que não teve acesso a todo conteúdo do processo no STJ
A defesa de Pastor Everaldo (PSC) entrará nesta semana com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada pela CNN nesta segunda-feira (14).
A CNN apurou com os advogados que a defesa de Everaldo não teve acesso a todo conteúdo da investigação.
Já os dois filhos de Everaldo, Filipe e Laércio Pereira, presos na mesma operação do pai em 28 de agosto, estão soltos. Segundo a defesa, eles prestaram depoimento e ficou esclarecido que as prisões foram desnecessárias.
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Além disso, os advogados reiteraram que Filipe e Laércio fariam os esclarecimentos devidos se fossem apenas intimados. A prisão deles era temporária e eles foram liberados no dia 3 deste mês.
Ainda sobre os filhos de Pastor Everaldo, os advogados disseram que aguardam a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Filipe e Laercio não sejam denunciados já que, segundo eles, a investigação não identificou qualquer crime por parte dos dois.
As acusações que pesam sobre Filipe e Laércio é de que ambos estariam vinculados à atividade de empresas do pai. Segundo a defesa, o fato não é verdade e ambos não atuam nessas empresas, são apenas sócios.
A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves converteu a prisão temporária em preventiva no último dia (4) e desde então, o Pastor está preso no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.
Presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo é suspeito de envolvimento em fraudes na área da saúde do Rio de Janeiro.
De acordo com o Ministério Público Federal, Everaldo lideraria um dos grupos criminosos influentes nos poderes Executivo e Legislativo do Rio, especialmente no governo de Wilson Witzel.
As investigações apontaram que o presidente do PSC comandaria várias contratações e teria controle sobre orçamentos na Secretaria da Saúde e em outros órgãos estaduais.
A defesa do Pastor afirmou que ele é alvo de uma delação premiada mentirosa (do ex-secretário estadual de Saúde, Edmar dos Santos) e que “afirmar sua inocência e confiança na Justiça”.