Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Moro desmente Diário Oficial e diz que Valeixo não pediu demissão

    Da CNN, em São Paulo

     

    Sergio Moro, Ministro da Justiça, Segurança Pública
    O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro
    Foto: Adriano Machado/Reuters

    Ao anunciar sua saída do Ministério da Justiça, o agora ex-ministro Sergio Moro afirmou que, ao contrário do que foi publicado no Diário Oficial, a exoneração do delegado Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal não se deu a seu pedido.

    Segundo Moro, o delegado jamais pediu para deixar o posto e que sempre esteve sob pressão do Palácio do Planalto. Moro também afirmou que não assinou o documento que oficializa a exoneração — embora seu nome conste como signatário do documento publicado.

    Assista e leia também:

    ‘Presidente não me quer no cargo’: as principais frases da demissão de Moro

    Saída de Moro arrefece esforço de transformação do Brasil, diz Barroso

    Como superministro, Sergio Moro acumula reveses e embates com Planalto

    “Fiquei sabendo da exoneração pelo Diário Oficial. Ele não pediu exoneração. Recebeu uma ligação de que sairia ‘exoneração a pedido'”, contou em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (24). “Fui surpreendido. Achei que foi ofensivo”, conclui.

    O ex-ministro também acusou o presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal. “O grande problema da troca é uma violação da promessa que foi feita a mim, de carta branca. Não teria causa e seria uma interferência política na PF”, disse.

    “Dialoguei muito com o presidente, busquei postergar decisões. Pensei que poderia ser alterado, mas percebi que seria um equívoco. Ontem conversei e houve insitência. Falei que seria intereferência política e ele disse que seria mesmo”, relatou.

    Moro ainda disse que Bolsonaro buscava, com esta interferência, obter informações de investigações da PF.  “O presidente disse que queria alguém do contato pessoal dele para ligar e colher informações, relatórios de inteligência. Não é papel da PF prestar esse tipo de informação. Imagine se na Lava Jato ministros ou a ex-presidente Dilma ficassem ligada para o superintendente em Curitiba”, afirmou.