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    Waack: Discurso duro de Arthur Lira é um aviso do centrão ao Executivo

    Presidente da Câmara falou em 'sinal amarelo' ao dirigir-se ao governo horas depois da criação de comitê para coordenar pandemia

    Da CNN, em São Paulo

    No quadro CNN Poder desta quinta-feira (25), na CNN Rádio, William Waack analisa o duro discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no dia em que o Brasil completou 300 mil mortos pela Covid-19.

    “O Arthur Lira, horas depois da instalação do comitê de coordenação a pandemia – e olha que ele foi eleito com apoio do Planalto –, vem a público num discurso duríssimo dizer basicamente o seguinte: ‘está acabando a paciência; ou o governo acerta, ou acerta porque se a gente no Congresso tiver que aplicar um remédio, ele costuma ser amargo e fatal’”, destacou Waack.

    Ele considerou a fala do presidente da Câmara uma ameaça pouco velada, apesar de considerar que a possibilidade de um impeachment, por exemplo, não é algo que está no cálculo dos agentes políticos neste momento.

    “O que acho é que eles estão colocando ‘um pé em cada canoa’, ou seja, de um lado atendem a impaciência com um governo que, até aqui, colecionou 300 mil mortos por sua escassa capacidade de lidar com a pandemia e, por outro, agora percebem que precisam correr atrás de outra narrativa”, continuou Waack.

    “Esse ‘um pé em cada canoa’ é típico do centrão e a outra coisa típica do centrão – e aí sim, é bom olhar esse sinal amarelo de Arthur Lira – é a seguinte: ‘a gente nunca se alinha a perdedores’.”