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    Roteiro inicial de Renan prevê 45 perguntas a Mandetta e 36 a Teich

    As perguntas ao ex-ministro Mandetta terão por foco a política de isolamento social que ele recomendava e o presidente Jair Bolsonaro contestava

    Caio Junqueirada CNN

     O relator da CPI, Renan Calheiros, já tem prontos os roteiros de perguntas para os dois primeiros depoimentos da CPI da Pandemia. A primeira versão do documento possui 45 perguntas ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, e 36 ao ex-ministro Nelson Teich.

    O roteiro de Eduardo Pazuello ainda está sendo elaborado e há uma expectativa de que o depoimento do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, possa ficar para a semana que vem tamanho o número de questionamentos aos ex-ministros. 

    As perguntas para Mandetta terão por foco a política de isolamento social que ele recomendava e o presidente Jair Bolsonaro contestava, além do estímulo ao tratamento precoce e à utilização da hidroxicloroquina recomendada pelo Planalto.

    A ideia com esse depoimento e todos os outros fazer uma linha do tempo com o que cada um fez e não fez, e por que tal decisão foi tomada. Além, claro, do papel de Bolsonaro nesses elementos. 

     

    Há, porém, questionamentos duros previstos para Mandetta. Em especial sobre a política de compra de equipamentos e insumos para o combate a pandemia e a recomendação para que as pessoas ficassem em casa ao notar os primeiros sintomas. A avaliação é a de que esses são seus pontos fracos. A avaliação é a de que por ser o único caso dos depoentes da semana que é ao mesmo tempo político e médico, ele deverá transferir muitas responsabilidades ao presidente Jair Bolsonaro e essa será a linha de condução do G-7, a maioria oposicionista que controla a CPI.

    Já com Nelson Teich, que ficou apenas 29 dias no cargo, as negociações com as farmacêuticas sobre vacinas já deverão ser abordadas porque foi na sua gestão que o governo deu o estarte. No rol de perguntas está por exemplo questionamento sobre o plano que Teisch, ao deixar o ministério, disse ter recomendado ao governo e que nunca foi executado. O principal assunto, contudo, deverá ser a cloroquina, motivo principal de sua saída do governo. A ideia com teich é a mesma: mapear a responsabilidade de Bolsonaro na gestão. O ponto negativo que está no roteiro inicial de perguntas é o aumento exponencial de internações e óbitos durante a sua gestão. 

    Na tarde desta segunda-feira, Renan se reuniu com Deane Dabadia Moraes e Shoraya Sampaio de Araújo, as auditoras do Tribunal de Contas da União que ajudam Renan a elaborar as perguntas. A reunião começou às 16h e nela a versão inicial do roteiro passou por um crivo para que elas apontassem as possíveis respostas dos ministros e as tréplicas que deveriam ser feitas pelos senadores. 

    Renan fará uma seleção das perguntas que pretende fazer e direcionar as demais a outros senadores do G-7. Como relator, ele pode interromper as respostas dadas pelos depoentes a outros senadores.

    À bancada, em pronunciamento, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
    À bancada, em pronunciamento, senador Renan Calheiros (MDB-AL)
    Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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