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    Governo se divide sobre anulação de sentenças de Lula

    Parte dos assessores de Jair Bolsonaro avaliam que decisão coloca pleito de 2022 como um 'Fla-Flu' entre o presidente e o político do PT

    Caio Junqueirada CNN

     O governo do presidente Jair Bolsonaro se dividiu quanto à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin de anular as condenações contra o ex-presidente Lula.

    Ministros da ala política avaliaram que a decisão resgata a polarização da esquerda contra a direita que prevaleceu na política brasileira nos últimos anos e diminui as chances de uma candidatura de centro, que vem tentando ser construída por exemplo pelo governador de São Paulo, João Doria, pelo apresentador Luciano Huck e pelo ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

    Um ministro desse grupo diz que com a eventual candidatura de Lula a eleição de 2022 seria uma polarização e que não haveria outro segundo turno possível senão entre Bolsonaro e Lula. Também avaliou que apesar de grande parte da base aliada atual de Bolsonaro já ter sido base de Lula, não haveria uma debandada. “Centrão nunca vai como oposição. Vai com quem está no poder”, disse um ministro dessa ala à CNN.

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) (08.mar.2021)
    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) (08.mar.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    Militares, por sua vez, consideraram ruim a anulação porque avaliam que o ex-presidente é culpado das acusações de corrupção e que o fato de que ele possa concorrer e, mais do que isso, eventualmente retomar o poder, não seria bom para o país. “O país teria de decidir se quer mesmo um governo de esquerda de novo”, afirmou um ministro militar à CNN.