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    Governistas admitem vitória de Doria com vacina e defendem mudança de rumo

    Há a percepção, inclusive, de que Bolsonaro precisa estruturar um conselho político, ainda que informal

    Caio Junqueirada CNN



     

    Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avaliam que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), venceu a disputa política pela vacina contra o novo coronavírus. O anúncio da compra da Coronavac pelo ministro Eduardo Pazuello na quarta-feira (6) em cadeia nacional e nesta quinta-feira (7) em coletiva é vista como a admissão mais clara de que São Paulo ganhou o embate com Brasília.

    Nesse sentido, começam a defender uma revisão da estratégia de comunicação política dele sob pena de ser punido nas urnas em 2022. Para essas fontes, Doria, além de ter chegado muito antes ao fechar um contrato com a Sinovac, montou sua estratégia a partir daí tendo por base princípios elementares da comunicação. 

    O tucano explorou os espaços tradicionais de mídia e, principalmente, trabalhou com pesquisas de opinião. 

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    Bolsonaro evita esse tipo de pesquisa para balizar os rumos do seu governo, algo comum nas gestões anteriores do Palácio do Planalto. O presidente prefere usar primeiro sua intuição e, segundo, relatórios de redes sociais que, segundo fontes próximas a ele, apontam o sentimento de um universo reduzido e que não traduz necessariamente o sentimento da população. 

    No entanto, como ganhou a eleição com esses dois vetores, apostou neles até agora. E, na medida em que os resultados das pesquisas de popularidade o colocam com um piso de 30% de ótimo e bom, assim mantém sua estratégia, tendo em vista que esse índice o garante em um segundo turno no próximo ano. 

    Mas pessoas próximas a ele têm aconselhado uma mudança de rumos sob pena – e essa é a expressão – de seu destino político ser semelhante ao de Donald Trump nos Estados Unidos. 

    A avaliação é a de que as condições que levaram o presidente à vitória em 2018 não mais estarão presentes na campanha da sua sucessão. Bolsonaro terá quatro anos de governo a ser mostrado e questionado, sua coalizão será maior do que a de 2018, o que significa uma massiva campanha de TV com tempo muito maior.

    Até mesmo esses números de popularidade têm sido questionados, já que, quando se questiona diretamente seu desempenho no combate à pandemia, a desaprovação é grande. E se acredita que Doria vai explorar muito o fato de a vacinação brasileira ter começado a partir de São Paulo, e não de Brasília. 

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    Há a percepção, inclusive, de que Bolsonaro precisa estruturar um conselho político, ainda que informal, para que os rumos da segunda metade de seu governo sejam melhor debatidos. 

    Além disso, tem-se sugerido a aproximação dele com especialistas em marketing para que iniciativas do governo sejam melhor vendidas e para intermediar a tensionada relação do governo com a mídia.

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