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    Virou normal não falar a verdade, diz Otto Alencar sobre depoimentos na CPI

    Na avaliação do senador, Eduardo Pazuello buscou 'esconder os fatos' que aconteceram sob a sua gestão na Saúde

    Produzido por Elis Franco, CNN São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (20), o senador Otto Alencar (PSD-BA), integrante da CPI da Pandemia, avaliou o primeiro dia de depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Segundo ele, “virou normal” os convocados à comissão não falarem a verdade.

    Na avaliação do senador, Pazuello buscou “esconder os fatos” que aconteceram sob a sua gestão na pasta e, assim, “deu trabalho” para que o relator Renan Calheiros (MDB-AL) “atingisse aquilo que queria, que era a verdade”. 

    Senador Otto Alencar (PSD-BA), integrante da CPI da Pandemia
    Senador Otto Alencar (PSD-BA), integrante da CPI da Pandemia
    Foto: CNN Brasil (20.mai.2021)

    “O ministro Pazuello, inclusive, entrou várias vezes em contradições com datas imprecisas, afirmações incorretas e uma coisa que eu acho muito grave é que o ministro Pazuello deixou claro ontem pelas suas afirmações que o que presidente [Jair Bolsonaro] diz de público, não vale para ele. Isso é muito grave. O presidente da República tem a obrigação de, quando se dirigir à imprensa, falar a verdade. Nós não estamos no reino da mentira no Brasil”, afirmou Alencar.

    “Onde nós estamos? Onde um presidente fala de público o que vai fazer, e o ministro da Saúde diz que não vale para ele, só vale o que falarem internamente. […] Tudo o que se deseja de um ministro que é general do Exército é patriotismo, seja no Exército ou ocupando o cargo de tanta relevância que é ser ministro da Saúde numa pandemia. Me parece que a fuga da verdade através de alguns homens do governo é quase que uma prática comum. Virou normal não falar a verdade, o que é muito grave para o país.”

    A oitiva do ex-ministro da Saúde prossegue nesta quinta-feira no Senado. Por isso, o depoimento de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do ministério, que estava previsto para acontecer hoje teve de ser adiado para a próxima terça-feira (25).