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    Bolsonaro é aconselhado a acelerar indicação de Kassio Nunes ao Supremo

    Há uma articulação em curso para que o presidente não espere até o dia 13 de outubro, quando o decano Celso de Mello deixará o STF

    Thais Arbexda CNN

    O presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado a formalizar, o quanto antes, a indicação do desembargador Kassio Nunes ao STF (Supremo Tribunal Federal). A CNN apurou que há uma articulação em curso para que Bolsonaro não espere até o dia 13 de outubro, quando o decano Celso de Mello deixará a corte.

    A avaliação que tem sido levada a Bolsonaro por integrantes do próprio governo, do Judiciário e do Congresso é a de que duas semanas pode ser tempo demais para deixar o desembargador sobre o escrutínio da opinião pública.

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    Nunes tem sido alvo de críticas de parte da base de Bolsonaro —principalmente da ala chamada ideológica. Nas redes sociais, o desembargador tem sido tratado como um crítico da Lava Jato, chamado de “petista” e associado ao centrão do Congresso, por sua proximidade com caciques políticos do MDB e do PP, incluindo o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

    Juiz do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) desde 2011, Nunes chegou ao cargo nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

    Além da fritura na própria base bolsonarista, a avaliação levada ao presidente é a de que, enquanto ele não formalizar a indicação, os demais postulantes à cadeira do Supremo continuarão a se movimentar como se o jogo não estivesse acabado. E, segundo relatos feitos à CNN, Bolsonaro já deu todas as indicações de que não mudará de ideia.

    Neste cenário, o ambiente de indefinição pode acabar criando um clima de indisposição desnecessária de Bolsonaro com os preferidos.

    Nesta quarta-feira (30), em conversas com aliados, Bolsonaro chegar a dizer que a oficialização da indicação de Nunes só deve aconteceria no dia 13, quando Celso de Mello deixa o Supremo.

    O presidente foi alertado, no entanto, que o ideal seria acelerar o processo. No próprio Supremo, uma ala acredita que, como o decano já oficializou sua saída, não haveria constrangimento se o presidente já fizesse a indicação de Nunes.

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