Câmara e STF têm reuniões hoje para discutir futuro de Daniel Silveira
Palavra final sobre liberdade de deputado cabe à Câmara; Supremo se reúne para referendar decisão de Moraes
![Daniel Silveira (PSL-RJ) Daniel Silveira (PSL-RJ)](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/26151_AAAD6B2D33829402-4.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
A prisão preventiva do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) movimenta as instituições em Brasília. O Supremo Tribunal Federal se reúne em Plenário nesta quarta-feira (17) para decidir se referenda a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão do parlamentar. Paralelamente a isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião da Mesa Diretora às 13h para deliberar a situação do deputado, já que cabe à Casa decidir se mantém ou não a prisão.
Investigado no inquérito que apura ameaças e a disseminação de fake news contra o Supremo, o deputado divulgou um vídeo com ataques aos ministros da corte. Alexandre de Moraes observou que o parlamentar propagou a adoção de medidas antidemocráticas contra o STF, defendeu o AI-5, a substituição imediata dos ministros, além de instigar a adoção de violência contra o integrantes da corte.
Via de regra, deputados e senadores não pode ser presos, exceto em caso de “flagrante crime inafiançável” — situação que o ministro Alexandre de Moraes observou estar caracterizada para emitir a ordem de prisão. Segundo a Constituição, a última palavra sobre a liberdade do deputado preso cabe à Câmara.
“Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”, diz a Constituição em seu artigo 53, parágrafo 2º.
No Supremo, o Plenário se reúne na tarde desta quarta-feira (17) para decidir se referenda, ou não, a decisão de Moraes. A tendência é que os ministros confirmem a decisão individual de Moraes, que foi respaldado pelos colegas. Os integrantes do Supremo também esperam que o Legislativo faça uma veemente defesa das instituições e condene os ataques à corte.