Caseiro afirma que Queiroz estava há poucos dias em escritório de Wassef
No muro da casa em Atibaia uma placa diz: "Wassef e Sonnenburg - Sociedade de Advogados". O primeiro sobrenome faz referência a Frederick Wassef
Caseiro do imóvel onde Fabrício Queiroz foi encontrado e preso na manhã desta quinta-feira (18), Orlando Novaes disse à CNN, nesta quinta-feira (18), que o local funcionava como um consultório de advogacia e afirmou que não tinha convivência com o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
“É um consultório de advogacia mesmo, entendeu? Mas o rapaz estava ficando aqui para o tratamento de saúde, ele está com câncer e essas coisas”, declarou.
“[Não estava] convivendo, não. Tem poucos dias que está aí, vi ele entrando [e tem] uns quatro dias que não vem aí com negócio de saúde”, acrescentou ele.
No muro da casa, em Atibaia, no interior de São Paulo, uma placa diz: “Wassef e Sonnenburg – Sociedade de Advogados”. O primeiro sobrenome faz referência ao advogado Frederick Wassef, que representa Flávio Bolsonaro.
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À CNN, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, que foi o responsável pelo cumprimento do mandado de prisão em São Paulo, afirmou que a residência é uma casa grande, mas que Queiroz “estava em um quartinho com os pertences, incluindo dois celulares dele”. “No fundo, tinha uma guarita onde estava um casal de caseiros” completou.
O delegado ainda detalhou que Queiroz disse ter tomado remédio para dormir e demorou a atender a campainha, mas que não ofereceu resistência à prisão. “Ele só falou que tem problema de saúde. Não houve nenhum contratempo”, afirmou o delegado. “A reação dele foi tranquila. Ele permaneceu calado, mas falou que não precisava disso, que se chamasse ele iria”, acrescentou.
A prisão
Queiroz foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (18). Ele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) na capital paulista para fazer exames, antes de se dirigir à sede da Polícia Civil em São Paulo, de onde será encaminhado para o Rio de Janeiro.
A prisão faz parte de uma ação conjunta entre o Ministério Público do Rio de Janeiro e o Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) dos dois estados.
Fabrício Queiroz foi assessor e motorista de Flávio Bolsonaro até outubro de 2018, um mês antes do início da operação que apura esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na qual é investigado.
A mulher dele, Márcia Oliveira de Aguiar, é considerada foragida.
(Edição: Sinara Peixoto)