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    Em posse, novo chanceler fala em ‘diplomacia da saúde’ para ‘mapear vacinas’

    Carlos França tomou posse como ministro das Relações Exteriores nesta terça-feira (6), em Brasília, e prometeu engajar o Brasil na busca por mais imunizantes

    Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo

     O embaixador Carlos Alberto Franco França tomou posse como novo ministro das Relações Exteriores nesta terça-feira (6). Em seu discurso, o chanceler afirmou que o país vive “momento de urgências” nas áreas da saúde, economia e também no desenvolvimento sustentável. 

    França defendeu uma “diplomacia da saúde” para a ampliação e o mapeamento das vacinas contra a Covid-19. Para o novo chanceler, um diplomata deve atuar como “um construtor de pontes”. 

    “As missões diplomáticas e Consulados do Brasil no exterior estarão cada vez mais engajados numa verdadeira diplomacia da saúde. Em diferentes partes do mundo, serão crescentes os contatos com governos e laboratórios, para mapear as vacinas disponíveis”, disse. 

    A cerimônia de posse dos novos ministros do governo Bolsonaro foi fechada e sem transmissão. O Itamaraty divulgou o discurso de França, que assumiu a pasta no lugar de Ernesto Araújo, ao término da posse. Araújo pediu deixou o cargo à disposição após pressão de parlamentares que o criticaram por falhas nas relações diplomáticas que teriam prejudicado a aquisição de vacinas.

    Agora à frente da pasta, França afirmou que seu compromisso será o de firmar o Brasil  “em intenso esforço de cooperação internacional, sem exclusões. E abrir novos caminhos de atuação diplomática, sem preferências desta ou daquela natureza”.

    Bolsonaro durante posse de ministros
    Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de posse de ministros nesta terça-feira (6);
    Foto: Fabio Faria/Twitter

    “A tarefa não é simples. Ninguém ignora que existe no mundo hoje uma escassez de insumos médicos. Mas asseguro que os recursos da nossa diplomacia permanecerão mobilizados para atender às demandas das autoridades de saúde”, completou.

    Durante sua fala, França afirmou que também haverá tratativas com outros governos e farmacêuticas na busca por medicamentos para pacientes graves com Covid-19. 

    “Serão crescentes as consultas a governos e farmacêuticas, na busca de remédios necessários ao tratamento dos pacientes em estado mais grave. São aportes da frente externa que podemos e devemos trazer para o esforço interno de combate à pandemia. Aportes que não bastam em si, mas que podem ser decisivos.”

    Ao dirigir a fala ao presidente Jair Bolsonaro, o novo chanceler afirmou que dialogar com outros países “não será suficiente” para o país superar a crise. “Esse é o mínimo, é a alma do nosso negócio. Diante das urgências que somos chamados a enfrentar, e no encaminhamento de tantas outras questões, manterei canais abertos também dentro do nosso País – com meus colegas de Esplanada, com os Poderes da República, com os setores produtivos, com a sociedade”, disse.

    Nesta terça-feira (6), Bolsonaro empossou seis ministros. Além de França nas Relações Exteriores, houve a posse da deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), que assume a Secretaria de Governo no lugar de Luiz Eduardo Ramos, transferido para a Casa Civil; o delegado da Polícia Federal, Anderson Torres, assume o ministério da Justiça e Segurança Pública no lugar de André Mendonça que volta à AGU.

    No entanto, a mudança que mais repercutiu foi a troca no comando do Ministério da Defesa, de onde saiu o general Fernando Azevedo para dar lugar ao ex-ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto. A substituição foi seguida por demissão coletiva dos comandantes das Forças Armadas e definição de novos nomes para chefiar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica.