Mello é relator de caso de Flávio Bolsonaro e votaria na suspeição de Moro
Uma decisão desfavorável a Moro anularia a condenação no caso do tríplex e abriria caminho para a revisão dos outros processos contra Lula na Justiça Federal
Além de ser o relator do inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Celso de Mello também está no centro de dois outros casos importantes para a política brasileira.
É o relator de uma das ações que pedem a volta, para a primeira instância, da investigação em torno do senador Flávio Bolsonaro. Ele também integra a Segunda Turma do STF, responsável por julgar o pedido de suspeição do então juiz Sérgio Moro feito pela defesa do ex-presidente Lula e que trata da condenação no caso no tríplex do Guarujá. O voto de Mello era considerado como decisivo.
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Dos cinco integrantes da turma, dois — Edson Fachin e Cármen Lúcia — votaram contra a suspeição. Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski tendem a votar favoravelmente ao habeas corpus de Lula, o que reforçaria a importância da manifestação de Mello.
O andamento do processo foi suspenso por um pedido de vista de Mendes. O ministro afirmou, nos últimos meses, que aguardaria a volta das sessões presenciais para pautar o julgamento.
Caso mude de opinião e leve o habeas corpus para ser avaliado na turma antes da chegada do substituto de Mello, o eventual empate seria favorável ao ex-presidente.
Uma decisão desfavorável a Moro anularia a condenação no caso do tríplex e abriria caminho para a revisão dos outros processos contra Lula na Justiça Federal de Curitiba.