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    Vídeo de reunião ministerial será exibido na terça; Moro irá a Brasília

    Exibição do vídeo faz parte da apuração da Polícia Federal, que investiga se o presidente Bolsonaro interferiu, ou tentou interferir, politicamente na própriaPF

    Renata Agostinida CNN

    A gravação da reunião ministerial que ocorreu no Palácio do Planalto no dia 22 de abril será exibida na próxima terça-feira, 12, em Brasília, na sede da Polícia Federal, apurou a CNN

    Sergio Moro virá pessoalmente a Brasília acompanhado de seu advogado Rodrigo Sánchez Rio, confirmou à CNN a defesa do ex-ministro da Justiça.  

    Será a primeira vez que Moro retorna à capital federal desde que anunciou sua decisão de deixar o governo Jair Bolsonaro e retornou a Curitiba, no Paraná, onde vivia antes como juiz federal. 

    A presença de Moro não foi exigida. Mas Sánchez Rio recomendou ao ex-ministro que acompanhasse a exibição do vídeo.

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu no sábado (9) que a Polícia Federal exibirá a gravação da reunião “em ato único”

    Estarão reunidos, portanto, para acompanhar o vídeo: Sergio Moro e seu advogado, Rodrigo Sanchez Rio, e ainda o advogado-geral da União, o ministro José Levi, representantes da Procuradoria-geral da República, além dos delegados da PF que acompanham o caso.

     

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    A cópia da gravação feita na reunião do dia 22 de abril foi enviada pela Advocacia-geral da União ao STF na sexta-feira (8) por meio de um HD. Esse aparelho encontra-se lacrado no gabinete de Celso de Mello.

    A gravação foi apontada por Moro como prova de que o presidente Jair Bolsonaro o pressionava com objetivo de interferir politicamente na Polícia Federal. 

    O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e reuniu todos os ministros do governo e ainda presidentes de bancos públicos. Em depoimento, Moro disse que, nesta reunião, Bolsonaro ameaçou demiti-lo. 

    Moro afirmou que, no encontro do dia 22 de abril, o presidente disse que “iria interferir em todos os ministérios” e que, “se não pudesse trocar o Superintendente do Rio de Janeiro” da Polícia Federal, trocaria “o diretor-geral e o próprio Ministro da Justiça”.

    A gravação foi elencada como um dos materiais a serem examinados no inquérito que apura as declarações de Moro e busca verificar se o presidente cometeu crimes. O governo relutou em entregar a gravação.

    A AGU chegou a solicitar que Celso de Mello reconsiderasse o pedido de envio e pediu depois que somente uma trecho fosse remetido ao STF, argumentando que a reunião abordou “assuntos potencialmente sensíveis ao Estado”.

     

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